Policial Militar é abduzido em Palhano



Arquivo de 05 de Março de 1992




Palhano, distante 140 km da capital, Fortaleza, o lugar é pacato e são poucos os fatos dignos de destaque, a não ser as festas do padroeiro, aniversário da cidade ou bailes dançantes nos clubes sociais. 


Contrastando com toda essa calmaria, uma notícia se espalhou de forma rápida e atormentadora pelos quatro pontos de Palhano em março de 1992: o polícia militar Luis Ribeiro de Oliveira havia sido seqüestrado por algo que ele dizia ser um disco voador. 




A única estação de rádio local deu cobertura total ao fato, fazendo com que a notícia chegasse a Fortaleza e ao Centro de Pesquisas Ufológicas (CPU), que imediatamente se dirigiu à cidade. Lá, os pesquisadores Reginaldo de Athayde, Paulo César Távora e Hélio Loiola encontraram um clima de insegurança, pois toda a polícia militar acreditava na veracidade do fato. Inclusive o comandante do destacamento subtenente Santiago nos assegurou que o PM Oliveira, um dos melhores praças do quartel, havia declarado oficialmente a ocorrência – que estaria registrada nos arquivos da corporação. Luis sempre foi um militar calmo e cumpridor das suas obrigações. Pai de família exemplar, tinha residência própria e prestígio na cidade e, ao ser entrevistado por nós, confessou que o fato tinha lhe preocupado muito – pois sabia que não iriam acreditar – de tão fantástico que era. 


No dia do avistamento estava em companhia do técnico em eletrônica Pedro Rodrigues da Silva. Ambos saíram de Palhano para caçar paturis, uma espécie de pato selvagem muito apreciado naquelas localidades. Aproximadamente às 18:00 h estavam à espera, “tocaia de caça”, à beira do Rio Palhano, olhando para o céu, quando viram ao longe uma estrela maior do que as demais. Tinha uma luz forte e parecia se deslocar na direção da Terra. Vinha em uma grande velocidade e à medida que se aproximava ficava cada vez maior. Pedro correu para o rio, jogando-se na água e escondendo-se em arbustos, enquanto Luis tentou correr para a cidade. Ele foi perseguido pela luz, que agora mostrava em toda sua grandeza uma espécie de roda luminosa do tamanho de um ônibus – que media aproximadamente seis metros e tinha algo girando em seu centro. Luis sentiu que tinha sido atingido pela claridade, o que dificultou sua locomoção. Sentia-se preso ao solo e caía lentamente, sendo levado para cima. Enquanto isso, Pedro – escondido nos arbustos –, testemunhava a subida do companheiro até a roda de luz que estava parada a alguns metros do solo. 


Luis estava levitando, parecia que o UFO o puxava para dentro, embora não pudessem ser vistos nenhuma porta ou buraco e sim somente luz, conforme o relato do rádioeletricista Pedro da Silva. Quando entrou no objeto as luzes se apagaram – e desapareceu da vista de Pedro, sem que ele notasse seu deslocamento. Vendo que o “bicho” – como classificou – não estava mais lá, molhado e com frio saiu e correu para o centro da cidade. Antes, porém, viu a espingarda de Luis no local em que ele ficara parado, apanhou-a e saiu com ela. Na cidade, intrigado e sem saber o que dizer sobre o desaparecimento do companheiro de caçada, entrou em um boteco e tomou uma dose de aguardente – para refletir sobre o que ocorrera e pensar num modo de contar aos outros – pois temia que pensassem que ele tinha assassinado o amigo e escondido seu corpo. Teve medo de ir à delegacia, pelo mesmo motivo. Tomou outra dose e ficou pensando numa solução para o caso, enquanto isso as horas passavam. Já se preparava para o pior quando, derepente, para sua alegria, viu Luis entrando na cidade. Correu até ele e fez várias perguntas, enquanto Luis pensava apenas em como iria comunicar o fato aos seus superiores da Polícia Militar e à família. Sabia que poderia ser ridicularizado, mas sua integridade policial o obrigava a relatar o episódio ao quartel central, situado na cidade de Russas, a alguns quilômetros depois de Palhano. 


Contou toda a história a Pedro, que somente acreditou por ter presenciado o momento de sua captura por aquela estranha aeronave. A informação foi oficializada e, segundo o superior imediato, subtenente Santiago, depois de interrogada a vítima não havia entrado em contradições – ficando assim o fato reconhecido como verdadeiro pelo oficialato da polícia militar regional. Quando nos recebeu para entrevista, estava na presença de seu superior e comandante, além de vários colegas policiais e Pedro. Realmente, em momento nenhum Luis se contradisse, mesmo sendo entrevistado isoladamente por cinco membros do CPU que gravaram, escreveram e filmaram tudo. Após as entrevistas individuais realizamos uma mesa redonda (entrevista coletiva), na qual o PM contou novamente como aconteceu seu contado com ETs. Ele também concedeu entrevista à psicóloga Lena Bellotto, membro de nosso grupo, e ao doutor Guairacá Lavor, que deveria fazer uma hipnose regressiva no contatado, mas o Comando da Polícia Militar local não permitiu. Assim, depois de três meses de estudos, consideramos o caso como verdadeiro, uma vez que mais cinco testemunhas também viram o UFO descer nas proximidades do Rio Palhano e depois se afastar em uma velocidade muito grande, tendo, inclusive, tentando capturar um rapaz. 


Francisco Sousa, 21 anos, que na noite do mesmo dia 05 de março de 1992 regressava de uma festa a alguns quilômetros da sua casa, foi perseguido por um objeto redondo que emitia uma luz muito forte sobre ele. Sem saber o que poderia ser, entrou na caatinga e se escondeu entre moitas e pedras, enquanto a “coisa” voou para os lados da rodovia. Passados alguns minutos, sentindo que o UFO tinha ido embora, ele correu até sua casa apavorado e gritando por socorro. Sua mãe abriu a porta e viu que o filho estava muito pálido e nervoso. Somente após tomar um copo d’água com açúcar Francisco teve condições de contar o ocorrido. Fatos como esse não são novidade na região. Francisco Wilson Soares Chaves, 42 anos, agricultor, também presenciou as evoluções do UFO nas proximidades do local em que Luis e Pedro tiveram o contato de 2º e 3º graus. Ele declarou que o “bicho” tinha o tamanho de um carro, possuía luzes próprias, fazia um zumbido muito forte, parava no ar e depois saía velozmente. Escondeu-se na mata com uma faca peixeira na mão, pronto para enfrentar a coisa que, tudo indica, não o viu. Depois que o objeto desapareceu por trás de um morro, saiu do esconderijo e foi direto para um botequim que havia na estrada, onde tomou quase meia garrafa de aguardente: “É de lascar. Não quero ver aquilo nunca mais e acho que não sairei sozinho à noite, embora não tenha medo daquilo. Com a minha peixeira sou capaz de enfrentá-lo, mas prefiro não vê-lo novamente”. Outras pessoas chegaram a avistar o UFO, até mesmo à tarde. Vejamos o que declarou o PM Luis Oliveira ao Comando da Policia Militar e aos pesquisadores do Centro de Pesquisas Ufológicas (CPU):

“Por volta das 18:00 h do dia 05 de março deste ano, eu e meu amigo Pedro caçávamos patos quando, de repente, observei uma luz estranha no céu e pedi que olhasse. Ficamos no mesmo local, mas não imaginávamos que poderia ser algum fenômeno anormal. Entretanto, a luz foi baixando, ficando cada vez maior, e quando estava bem pertinho de nós falei para Pedro que iria correr. Nem tinha terminado de falar e ele já saiu rapidamente em direção ao Rio Palhano, próximo ao local em que estávamos. Eu também corri para perto da estrada que fica nessas proximidades. Na ocasião, a luz continuava em cima de mim, ficando cada vez mais quente. Minhas pernas começaram a dormir, acho que caí no chão totalmente adormecido. Quando acordei estava ouvindo vozes estranhas em outro idioma, levantei a cabeça e vi cinco seres esquisitos em minha frente. Mesmo apavorado perguntei a eles o que estava acontecendo e o que queriam comigo. Um respondeu em português:
‘Não tenha medo, não vamos lhe fazer mal algum, somos catandorianos de Catandorius Decnius. Nossa civilização é descendente de outra mais evoluída – que habitou o Planeta Terra há 353 mil anos. Por que o terrestre vem tentando penetrar em nosso planeta? Os seres de Catandorius não vão permitir que isso aconteça. Nós temos um templo montado aqui na Terra há milhares de anos’. Nesse momento, os estranhos seres apontaram para uma pirâmide pequena, dizendo que ali era o modelo do templo deles. Falaram também sobre o fim do combustível que, segundo eles, poderia ser substituído por uma luz azul e uma vermelha – mostrada a Luis – , da mesma forma que fazem em Catandorius”.
Eles estavam à procura de restos dos seus antepassados, que foram soterrados por milhares de vulcões existentes no passado. Eles podem estar dentro de grutas, cavernas ou blocos de pedras. Pediram que os terrestres não insistissem na descoberta da origem do templo deles, pois caso isso aconteça o segredo de Catandorius poderia ser revelado. Luis declarou ainda que foi colocado dentro de uma espécie de bolha de gás, no centro de uma sala redonda. Havia à sua frente dezenas de luzes piscantes e um painel que tomava a metade da sala circular, do qual saíam sons esquisitos parecidos com aqueles que se ouve em rádio de polícia. Cinco seres de aproximadamente 1,5 m conversavam num idioma que ele não entendia. Entretanto, quando um deles, que parecia ser o chefe, se dirigia a ele, a mensagem era ouvida dentro de seu cérebro e em um português bem compreensível. A bolha de gás na qual estava tinha uma luz no centro e acima. Não era bem redonda, tendia para o oval e deveria ter em média dois metros de altura por dois de largura.


Seres sem cabelo e com penugem


Os seres avistados eram baixos, tinham olhos negros e cabeças grandes, ombros largos, usavam roupa justa ao corpo e algo parecido com botas e luvas nos pés e mãos. Não tinham cabelos ou qualquer penugem na cabeça. Os membros superiores eram grandes, indo até 20 cm depois dos joelhos. Falavam compassados e tinham uma respiração ofegante. Sempre que o chefe se voltava para conversar com os outros seres, Luis ouvia um estalo na sua cabeça, como se estivessem desligando algo. “Todos eram exatamente iguais, não existia nenhuma diferença entre eles. Pareciam até gêmeos. Sempre eram vistos de frente, e até mesmo quando viravam davam a impressão de que não estavam de lado. A pele do rosto era cinzenta, nos olhos não podiam ser vistos pupilas nem cílios. Também não piscavam, o olhar era sempre fixo como se quisessem me hipnotizar”. 

Luis afirma que na sala onde se encontrava não tinha qualquer objeto a não ser uma espécie de computador grande, que acompanhava as curvas da sala. Depois que eles começaram a falar entre si, o PM foi ficando tonto e sua vista escureceu. “Senti que ia cair, e aos poucos fui perdendo a noção do tempo, enquanto tudo girava ao meu redor. Quando voltei a mim, estava em pé no local em que o objeto havia me tirado. Senti-me tonto e não sabia se havia sonhado”. Quando olhou ao seu redor viu que Pedro não estava mais lá. Ato contínuo, procurou sua espingarda, mas também não a encontrou por perto, onde a havia visto pela última vez. Assim, assustado, foi direto para a cidade – e logo na entrada encontrou Pedro, que, surpreso com sua chegada, contou que tinha visto o amigo ser levado para dentro de um estranho objeto, e que estava desesperado porque não sabia como contar o fato em Palhano. “Fui até a delegacia e contei tudo o que aconteceu. Me levaram a meus superiores e confirmei o caso. Eles me proibiram de dar entrevista a quem quer que fosse. 

Mas a história vazou e outras pessoas tomaram conhecimento, inclusive um correspondente do Diário do Nordeste e um locutor da rádio local”, concluiu Luis. Entrevistamos Pedro para ouvir sua versão da história:

“Estava no mato da cidade de Palhano caçando patos, em companhia do soldado Luis, quando vimos alguma coisa brilhando no céu. Era aproximadamente 06:00 h quando, de repente, uma luz muito grande apareceu. Corri para o mato e para o rio, e meu amigo foi na direção da estrada, mas o objeto, que era do tamanho de um ônibus, parou sob ele e o puxou para cima, fazendo com que subisse e entrasse no objeto. Não sei por onde, pois não vi nenhuma porta. Somente consegui observar uma luz por baixo da nave, que parecia uma bacia com luzes circulando nos dois sentidos. Eram azuladas e, às vezes, ficavam multicoloridas.
Rodopiavam, podemos assim dizer, e depois que Luis entrou, o objeto subiu um pouco. De repente, eu o perdi de vista, não sei bem como. Não sabia o que dizer em Palhano, por isso bebi alguma coisa para me equilibrar. Quando menos esperava, vi Luis entrando na cidade e me contando toda essa história que vocês também ouviram dele. Não sei de mais nada e nem quero mais comentar o caso. Outras testemunhas, dignas de respeito, confirmam que no dia viram um estranho objeto sobrevoando as redondezas. Elas, num total de seis, são unânimes em afirmar que não poderia se tratar de algo aqui da Terra, pois foge a tudo aquilo que se possa imaginar...”
 
O que pensam as autoridades de Palhano


Quando entrevistamos o subtenente Santiago, comandante do destacamento de Palhano, um homem íntegro que possui bons conhecimentos e é bem conceituado na região, fomos informados de que realmente vários casos haviam sido registrados na cidade, coincidindo com os fatos referentes a Luis. Santiago confirmou que o soldado em questão era um homem sério e jamais inventaria histórias mirabolantes, principalmente oficializando-a perante seu comandante. Baseado no depoimento de Luis, e na integridade que detém junto à sociedade, o subtenente acredita na veracidade do acontecimento, mesmo tratando-se de um inimaginável rapto por ETs...

João Mateus, prefeito da cidade, nos recebeu com indiferença e procurou se afastar, mas declarou que havia tomado conhecimento da ocorrência, embora não pudesse levar o caso em consideração – pois não acredita em discos voadores e ETs. Depois desta declaração, pediu licença e se afastou de nós. Vendo que o acompanhávamos para novas perguntas, parou e falou: “Não insistam, por favor, não sei de nada!”. Sabendo que a região é delicada, perigosa – com crimes de pistolagem – , e que éramos estranhos no ninho, achamos melhor desistirmos de entrevistá-lo.


 Ao procurarmos o vigário da cidade, padre José Edvaldo Moreira, constatamos que o mesmo estava viajando, o que nos impossibilitou averiguar o posicionamento da Igreja em relação aos “catandorianos”...



Blog: discosvoadoresnonordeste

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