Grupo cearense defende a volta da monarquia como solução para os problemas do Brasil

A Associação Cultural São Thomas More difunde o pensamento conservador e católico nos âmbitos econômico, cultural, político e filosófico do Brasil
Jovens se reúnem semanalmente para discutir assuntos políticos do país (FOTO: Arquivo Pessoal)

Achar uma alternativa para atual crise política e econômica do Brasil é um desafio que muitas pessoas buscam. Um grupo de cinco jovens cearenses afirma que já sabe a solução para todos os problemas do país: a volta da monarquia, período que o Brasil viveu no século 19.
Arthur Salgado, de 21 anos; Miguel Serra, 24; Mateus Andrade, 25; Mateus Diniz, 22; e Viane Lima, 22, são os membros da Associação Cultural São Thomas More, um grupo que tem por finalidade difundir o pensamento conservador e católico nos âmbitos econômico, cultural, político e filosófico do Brasil.
Em entrevista ao Tribuna do Ceará, o diretor geral da associação, Arthur Salgado, defende que a volta da monarquia seria a única solução viável para o Brasil. “Seria a única decisão viável para o país. Hoje, o político trabalha visando o próximo mandato. Já o príncipe é criado desde que nasce para fazer aquilo. Ele nasce para servir ao país e toda ação dele é voltada para aquilo. Quando ele assume o trono, não governa pensando nas próximas eleições. Ele governa pensando na eternidade”, destaca.
Para Arthur, essa seria também uma alternativa para uma reestruturação cultural e literária do Brasil que, segundo ele, já não existe há tempos. “A gente acredita que a educação e a cultura de forma geral foram meio que sucateadas no Brasil. Não existe, pelo menos há uns 50 anos, uma produção cultural e literária de qualidade. Desde que morreram Nelson Rodrigues e Roberto Campos. Precisamos mudar isso com urgência”, opina.
O diretor da associação diz que, em toda a história do país, o melhor período foi o monárquico. “O Brasil nasceu numa monarquia. Desde o inicio foi uma monarquia. O melhor momento do país foi na monarquia. Ela está enraizada no mais íntimo do brasileiro. A menina que está brincando de boneca quer ser a princesa, e não uma presidente da República”, explica.
“A menina que está brincando de boneca quer ser a princesa, e não uma presidente da República”. (Arthur Salgado)
Para a associação, a saída para os problemas seria o príncipe Dom Bertrand assumir o posto de monarca do Brasil. Para o diretor, somente ele faria voltar os princípios reais.
“A sociedade perdeu os valores, o respeito à família, à propriedade privada, à Igreja, principalmente. Então, o ideal seria Dom Bertrand. Ele conseguiria fazer com que as coisas se ajustassem”, explica.
Quem é Dom Bertand? 
Nascido no dia 2 de fevereiro de 1947, Bertrand Maria José de Orléans e Bragança, conhecido como Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança, é o terceiro dos 12 filhos do Príncipe Dom Pedro. Ele seria atualmente o Príncipe Imperial do Brasil, caso a monarquia estivesse em exercício.
Bertrand nasceu no sul da França, no exílio da família imperial brasileira após a proclamação da República, em 1889. Além do português, sua língua natal, Dom Bertrand é fluente no francês e no castelhano, buscando agora aprimorar seu domínio no inglês. Hoje, o príncipe é coordenador nacional e porta-voz do Movimento Paz no Campo, que percorre o país em conferências com lideranças rurais.
Império do Brasil 
A monarquia brasileira, denominado pela história como “Brasil Império”, compreendia grande parte dos territórios que formam o Brasil e o Uruguai atuais. De uma colônia do Reino de Portugal, o Brasil tornou-se a sede do governo do Império Português em 1808, quando o então príncipe regente de Portugal fugiu da invasão do território português pelas tropas francesas, estabelecendo-se então a família real e a corte na cidade do Rio de Janeiro. 
Desde o dia 7 de setembro de 1822, o Brasil é considerado oficialmente independente, quando Dom Pedro, então príncipe real na época, proclamou a Independência. O Império do Brasil terminou com a deposição, em 15 de novembro de 1889, do imperador D. Pedro II, após um reinado de 58 anos, por meio de um golpe de estado encabeçado por um grupo de líderes militares, que culminou com a adoção de uma forma republicana de governo.
A associação
O Grupo de Estudos São Thomas More se reúne três vezes ao mês. Elas acontecem aos sábados, às 15h, no bloco D da Universidade de Fortaleza (Unifor). “É aberto ao público e gratuito”, informa Arthur.
SERVIÇO
Associação Cultural São Thomas More

Facebook: @gruposaothomasmore

Site: www.saothomasmore.wordpress.com

Grupo da Associação

Tribuna do Ceara

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