Ministério Público requer reparação de danos por extração de areia no Rio Acaraú

Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio da 9ª Promotoria de Justiça de Sobral, ajuizou 12 ações civis públicas contra empresas e pessoas físicas requerendo a reparação dos danos ambientais causados pela extração de areia nas margens e leito do Rio Acaraú. A informação foi divulgada nesta terça-feira (26).
Também foi solicitada pelo órgão a condenação dos responsáveis, sob pena de multa diária de R$ 5 mil com possibilidade de conversão do valor em perdas e danos, e reversão dos valores à reparação do meio ambiente degradado.
De acordo com o MPCE, a Promotoria de Justiça de tutela do Meio Ambiente de Sobral apurou, por meio do Inquérito Civil nº 2015/202140, que empresas e pessoas físicas exploraram jazidas de areia nas margens do Rio Acaraú entre os anos de 2012 e 2017, principalmente para utilização na construção civil. O processo ocasionou graves danos ambientais e promoveu a devastação do local, atingindo Área de Preservação Permanente (APP). 
O Ministério Público solicitou às empresas, em urgência, a apresentação dos Planos de Recuperação de Área Degradada (PRAD) referentes às licenças de exploração, comprovadamente cumpridos, ou a justificativa de não cumprimento, bem como a suspensão de licenças de exploração concedidas pela mesma atividade. 
Conforme a promotora de Justiça Juliana Cronemberger, os citados na ação causaram uma série de prejuízos às áreas exploradas e ao rio Acaraú. “Os demandados nas ações abandonaram a área sem promover a recuperação, o que intensifica a evaporação das águas do rio, diminui-lhe a vazão, e prejudica a população ribeirinha em época de enchentes, em razão do assoreamento”, explica.

Diario do Nordeste

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