O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou nesta terça-feira (11) que o país registrou a primeira vacina do mundo contra o novo coronavírus, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya de Moscou, após menos de dois meses de testes em humanos. O líder russo disse que a vacina foi testada em uma de suas filhas.
O ministro da Saúde da Rússia, Mikhail Murashko, informou que o teste imunológico mostrou eficácia e segurança.
No entanto, cientistas nacionais e internacionais têm alertado que a pressa em começar a usar a vacina antes dos testes da fase 3 - que normalmente duram meses e envolvem milhares de pessoas - pode ser um problema.
Esse teste, que exige que um certo percentual de participantes peguem o vírus para observar o efeito da vacina, é normalmente considerado um requisito necessário e essencial para uma vacina receber aprovação regulatória.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) indicou que está em contato com as autoridades russas sobre o andamento das pesquisas relacionadas à vacina. Mas destaca que, por enquanto, o produto não passou por uma avaliação da entidade internacional.
De acordo com a entidade, qualquer vacina que seja considerada para ser pré-qualificada precisa passar por um exame "rigoroso" no que se refere "segurança e eficiência".
Cnews