Em Itarema, Polícia investiga alimentos enterrados em escola; carga seria de merenda escolar

Crianças que brincavam dentro da escola perceberam um mau cheiro no local e acionaram vereadores do município

Vários alimentos que seriam merenda escolar foram encontrados enterrados dentro da Escola Municipal de Ensino Fundamental Padre Aristides Andrade Sales, no município de Itarema, no interior do Ceará. Os produtos foram localizados após crianças que brincavam na quadra do colégio relatarem mau cheiro no local a vereadores do município. A Delegacia Municipal de Itarema investiga o caso.

De acordo com o vereador Carlos Jean (PSL), um dos alunos tinha uma chave do local e abriu para ele, outros parlamentares e cidadãos checarem a denúncia. Ao chegar ao local nesta quinta-feira, 3, foram desenterrados alimentos como carnes, polpas e diversos tipos de fruta. Boletim de Ocorrência (B.O.) foi registrado e também feita notificação ao Conselho Tutelar.

A informação chegou ao vereador ainda nessa quarta-feira, 2, quando ele afirma ter avisado sobre a situação em sessão da Câmara de Vereadores. "Sempre à tardinha tem umas crianças que jogam bola lá aí eles sentiram o odor e nos procuraram porque sempre estamos próximos deles. Avisei pros vereadores e ninguém se prontificou a ir ver a denúncia. É nosso trabalho fiscalizar. Fui lá e vimos a prova de que haviam alimentos enterrados", comenta Jean.

Em vídeo divulgado nas redes sociais na noite desta quinta-feira, 3, a diretora da escola, que se identificou como Rochelle, afirmou que os alimentos eram restos de uma remessa de merenda que havia estragado e foram enterrados no local por suas ordens. Conforme a professora, isso ocorreu porque os congeladores da cozinha do colégio foram desligados em circunstâncias desconhecidas. O fato foi percebido no último dia 16 de agosto após aviso de um vigia da escola.

A diretora afirmou que entrou em contato com a Secretaria da Educação para iniciar os protocolos de descarte, que segundo ela foram seguidos à risca no dia seguinte, inclusive com higienização dos restos com água sanitária. No descarte final, Rochelle mandou funcionários enterrarem os alimentos no terreno do colégio e diz que, por isso, "assume seu erro" e pede desculpas. Ela pontua ainda que "não seria capaz de deixar merenda estragar de propósito". "Deveria ter encaminhado para um lixão ou aterro santário", finaliza.


O Povo



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