ONG denuncia atropelamento e mortes de animais devido ao tráfego intenso na Vila de Jeri

 

No fim de semana prolongado, pelo menos cinco animais foram atropelados. Jericoacoara recebeu intenso número de turistas nos últimos dias




Após o fim de semana prolongado, por conta do feriado de 7 de setembro, moradores e ONGs que militam em defesa dos animais denunciaram diversos maus tratos causados, segundo eles, pelo "grande fluxo de veículos e pessoas" na praia de Jericoacoara

A médica-veterinária Tainá Fernandes Ferreira, descreveu a situação ocorrida nos últimos três dias. “Foi horrível ver a quantidade de carros de visitantes. Buggys trafegando em alta velocidade; muita movimentação". O resultado desse intenso tráfego, conforme detalha, foi o atropelamento de pelo menos cinco animais. Um desses foi atendido por Tainá. 

“O gatinho estava com hemorragia interna e teve que ser sacrificado. Um motorista parou em cima do animal e depois foi embora”, descreve.

Segundo a Tainá, pelo menos três animais morreram vítima de atropelamento de sábado a domingo. “Durante a quarentena, sem movimento na vila, os animais ficaram acostumados, e ficavam deitados na areia, nas ruas”, contou. 

A diretora da ONG "Jeri sobre Patas", Carla Souza, pede para que o poder público tenha ação concreta em defesa dos animais. “Maior fiscalização e amor pela vida desses bichos”, pontuou. “Infelizmente, isso não vem ocorrendo”.

A Instituição existe desde 2011 e tem por objetivo proteger e controlar a natalidade dos felinos da vila. “Infelizmente o poder público abandonou a gente, temos uma verba licitada e aprovada pela Taxa do Turismo e até hoje recebemos apenas a primeira parcela”, contou.

“Essa verba é destinada exclusivamente para a castração de animais de rua”.

O presidente do Conselho Comunitário de Jericoacoara, Elenildo Silva, reafirma que o trânsito nesse final de semana prolongado ‘foi um absurdo’ e, também segundo sua avaliação, isso teria acarretado nos atropelamentos. “É muito lamentável essa situação”, disse. Ele acrescenta que "não há placa de sinalização nas vias públicas, nem quem oriente ou fiscalize".

Para solucionar o problema, o primeiro passo, segundo Tainá Fernandes, seria intensificar o projeto de castração dos animais de rua, buscar adoção e conscientizar os turistas e moradores sobre o tema da proteção dos animais. “Não é problema não gostar de animais, mas é preciso respeitá-los, não os maltratar”.

O Sistema Verdes Mares tentou contato, por telefone, com o secretário de Turismo, Ricardo Gusso, com o superintendente da autarquia de trânsito, Francisco Diógenes, e com o gabinete da Prefeitura, mas não obteve retorno.


Diário do Nordeste


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