Ceará é um dos estados que ainda não vacinam professores contra Covid-19 e segue sem previsão

 


A educação é, sem dúvidas, uma das áreas mais impactadas pelas restrições da pandemia.  No Ceará, no atual momento, diante da pressão pelo retorno às aulas presenciais, ainda em um período de alerta devido aos numerosos casos e às mortes pela Covid-19, outra cobrança ganha força: a vacinação dos profissionais da educação. Levantamento feito pelo Diário do Nordeste, nesta quinta-feira (20) evidencia que o Ceará é um dos oito estados do Brasil onde a vacinação de professores contra a doença não começou, nem foi divulgada pelo poder público data específica para iniciar.

Na segunda onda da pandemia no Estado, as aulas presenciais foram suspensas, em fevereiro, e só em abril começaram a ser retomadas de forma gradual. Nesta quinta-feira (20), uma decisão judicial determinou que o Governo do Estado deve, em até 5 dias, ter um plano de retorno presencial do Ensino Médio, nas redes pública e privada, e a volta ocorrer em até 15 dias.

O levantamento sobre a situação dos 26 estados e Distrito Federal, aponta que: 

  • 15 unidades da federação já estão vacinando profissionais da educação, ao menos, nas capitais (Maranhão, Paraná, Bahia, Goiás, Espírito Santo, Alagoas, Amapá, Amazonas, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, Pará,  Rio Grande do Sul e Distrito Federal);
  • 2 anunciaram a data precisa de quando terá início a vacinação dos profissionais da educação - ambos ainda em maio (Rio Grande do Norte e Santa Catarina);
  • 1 prometeu divulgar a data precisa até esta sexta-feira, dia 21 de maio (Sergipe);
  • 8 nem começaram a vacinar, nem anunciaram dia preciso para início da vacinação (Acre, Ceará, Mato Grosso, Minas Gerais, Piauí, Rondônia, Roraima,e Tocantins). 

No Brasil, os trabalhadores da educação constam como prioridade no Plano Nacional de Imunização (PNI). Porém, no calendário nacional, esse processo só deve ser iniciado após outros grupos se vacinarem na 3º fase, como as pessoas com comorbidade. 

Mas, nos estados, alguns governadores e prefeitos, mediante avaliações sobre os riscos e prioridades, decidiram, por conta própria, antecipar, em esquemas diversos, a imunização dos profissionais da educação das redes públicas e privadas, incluindo todas as etapas de ensino (fundamental, médio e superior). 

NÃO DESCOMPENSAR A VACINAÇÃO 

A estimativa no plano de março de 2021 é que os profissionais da educação comecem a ser vacinados em junho. Contudo, as cidades só avançam de fase quando encerram a anterior.  No momento, as cidades cearenses estão na 3ª fase. 

No Ceará, questionada nesta quinta-feira (20) sobre a priorização dos professores na vacinação, já que o Estado autorizou, até agora, o retorno de crianças da educação infantil - a partir de 5 anos de idade - até alunos do 9º do Ensino Fundamental, a Casa Civil informou que “o Governo já oficiou o Ministério da Saúde por duas vezes solicitando presteza nessa vacinação”. 

A Secretaria de Educação (Seduc), indagada pela reportagem sobre algum diálogo da pasta com a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) para antecipação da vacina dos professores, respondeu também que o governador Camilo Santana, em abril “já oficiou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e a coordenadora-geral do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Francieli Fantinato, solicitando a inclusão dos professores de todos os níveis como prioridade para imunização”. Outro ofício havia sido enviado ao Governo Federal em dezembro de 2020. 


Diario do Nordeste

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