Pix: Golpe promete pagar R$ 500 na hora para quem investir R$ 50

 

A oferta parece irrecusável: ao transferir uma quantia em dinheiro via Pix para uma conta desconhecida, o valor é devolvido multiplicado em minutos para o cliente. Um simples depósito de R$ 50 pode garantir R$ 500 em poucos segundos. Atraente, não?

Pois se trata de uma nova modalidade de golpe que circula nas redes sociais, chamada tambem de Urubu do Pix. Com uma transferência de um valor relativamente baixo, mas de muitas pessoas, os bandidos conseguem um volume alto de dinheiro e também dados privados dos usuários de bancos.

Como funciona o golpe

Esse golpe conta com a manipulação das pessoas, oferecendo uma suposta oportunidade única, por tempo limitado. Também são empregadas técnicas de engenharia social, para fazer com que você aja por impulso e faça uma transferência, mesmo que de valor pequeno.

Geralmente, as ofertas aparecem em resposta a posts que viralizaram no Twitter ou mesmo em páginas com muitos seguidores na rede social. A mensagem fornece um link, que leva ao WhatsApp, onde o golpe é aplicado.

Lá, os bandidos explicam como funcionaria o "urubu do Pix". Em alguns casos, os golpistas podem ainda fazer o envio de um valor para que as pessoas caiam na armadilha.

Quem cai na armadilha, além de perder dinheiro, fornece dados sensíveis aos bandidos. Isso porque a maioria das chaves Pix usa dados pessoais, como o CPF, que pode ser usado futuramente em outros tipos de golpe.

Dicas para não cair no golpe

Em primeiro lugar, desconfie sempre de ofertas muito vantajosas ou de rendimentos altos em um curto período de tempo. "Dinheiro nunca cai do céu. Quando uma coisa parece boa demais para ser verdade, é porque é mesmo", afirma André Sprone, diretor da Easy Crypto Brasil, empresa de serviços financeiros com criptomoedas.

Em entrevista ao UOL, ele alertou que o "mercado de investimentos, principalmente criptomoedas, é tão volátil, que é praticamente impossível alguém garantir retorno financeiro. É para desconfiar muito dessas ofertas. Ninguém consegue garantir altos retornos em investimentos legítimos".

Mathias Naganuma, especialista em direito digital e professor de economia e de cibersegurança na Faculdade Impacta, recomenda que as pessoas fiquem alerta com os seus dados pessoais.

"Ainda que o número do CPF nos seja solicitado cotidianamente para realizar determinada compra ou cadastro, é de extrema importância que as pessoas não cedam outros dados sensíveis. Muitas vezes, o estelionatário está mais próximo do que se imagina", afirma.

Também evite publicar informações pessoais ou de trabalho nas redes sociais. Além disso, é importante não clicar em anúncios ou links que prometem prêmios imperdíveis ou lucros astronômicos.

UOL

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