Lula convida Macron para conhecer fábrica de submarinos no RJ



presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu hoje (26), às 12h de Brasília (DF), telefonema do seu homólogo francês, Emmanuel Macron. Durante mais de uma hora de conversa, abordaram a Parceria Estratégica bilateral e temas regionais e aspectos da governança global.

Ambos concordaram sobre os riscos que pairam sobre a democracia em virtude das ações violentas de grupos de extrema direita. Nesse contexto, discutiram a importância de se combater a desinformação.

Lula convidou Macron para que visite o Brasil e conheça o estaleiro em Itaguaí (RJ), em que são construídos os submarinos convencionais e o submarino a propulsão nuclear fruto da cooperação bilateral.

Os presidentes discorreram sobre esforços para combater a grande ameaça representada pela mudança do clima. O presidente Lula expôs ao presidente francês os objetivos da Cúpula dos Países Amazônicos que organizará nos próximos meses. Comentou, a propósito, a importância de contar com a presença da França, único país europeu a compartilhar desse bioma, por meio da Guiana Francesa. O presidente Macron reiterou convite para que o Brasil participe do "One Forest Summit", que França e Gabão sediarão em Libreville no início de março próximo.

Ao tratar de temas da governança global, concordaram sobre a importância da readequação da arquitetura financeira internacional como instrumento de financiamento da transição climática e de combate à fome e à desigualdade. Foi lembrado que Índia e Brasil, que ocupam a presidência do G-20 neste ano e no próximo, terão papel central nesse debate.

O presidente Lula indicou que vem tratando com os demais sócios do MERCOSUL a necessidade de concluir as negociações do acordo MERCOSUL-União Europeia, tema discutido com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, em reunião realizada em Buenos Aires à margem da CELAC.

A urgência em se buscar a paz entre Rússia e Ucrânia mereceu ampla troca de opiniões entre os dois mandatários. O presidente Lula ressaltou a necessidade de maior engajamento dos líderes globais com esse objetivo, no âmbito da ONU e de um "G20 político".


Planalto

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