Capitão Wagner suspeita que morte de advogada em Morrinhos tenha relação com facção criminosa

 Em live no Instagram, o secretário de Saúde de Maracanaú exibe uma reportagem da Revista Oeste onde aparece um suposto plano de encontro entre de bandidos com prefeitos e deputado do Ceará


O ex-deputado federal Capitão Wagner (União Brasil), secretário da Saúde de Maracanaú, publicou nas redes sociais vídeo no qual menciona o suposto envolvimento de políticos cearenses no plano do Primeiro Comando da Capital (PCC) para realizar ataques contra autoridades, incluindo o ex-juiz e senador Sérgio Moro (União Brasil). Na última semana, a articulação foi desmontada por ação da Polícia Federal.

Em live no Instagram, o secretário de Saúde de Maracanaú exibe reportagem do veículo conservador Revista Oeste sobre um documento apresentado pelo delegado Martin Bottaro Purper que mostra uma espécie de prestação de contas entre os bandidos. Na lista estão planos para encontros com ex-promotores, deputados e prefeitos, além de gastos com advogados.

É possível visualizar tópicos que sugerem viagens para Fortaleza com o intuito de reuniões com tais autoridades e políticos, inclusive prefeito e deputado.

“Logicamente a investigação não viu só esse plano para matar o senador Sérgio Moro. Além do plano, vários outros planos. A mesma facção, o mesmo grupo criminoso que está trabalhando, planejando e gastando para matar o senador Sérgio Moro estava fazendo tratativas com políticos cearenses, avaliou Wagner. A live foi realizada na sexta-feira, 24.

O ex-parlamentar elogiou a condução das investigações policiais e cobrou que o Ceará entre na rota das investigações. “Meu povo, não é difícil. Não é difícil a polícia descobrir quem é esse deputado que estava recebendo integrante do PCC aqui em Fortaleza. Nem tampouco o que esse deputado estava tratando com esses integrantes do PCC”, disse.

Homicídios em Morrinhos

Wagner disse acreditar que a morte de Rafaela Vasconcelos e a mãe dela, Maria Socorro de Vasconcelos, no município de Morrinhos, na última semana, pode ter relação com o PCC, mesma facção envolvida no caso Moro, podendo ambos os acontecimentos terem uma relação. Até o momento, os principais suspeitos dos homicídios são dois policiais militares.

O ex-deputado é opositor do governador Elmano de Freitas (PT), aliado de Lula no Ceará. Wagner criticou não ter sido ouvido pela última gestão ao ter se colocado à disposição para o combate às facções criminosas no Ceará e sugeriu que as negativas devem-se à tentativa de se “proteger políticos” com suposto envolvimento com o crime organizado.

“Eu subi na tribuna e disse que estava à disposição para ajudar nas investigações, sugerimos CPI, mas o governo não. Porque o governo não quis a investigação? Porque onde é que a gente ia chegar pessoal? Nos políticos. O governo quer proteger por políticos mesmo que os políticos tenham envolvimento com crime organizado”, afirmou o secretário.

Mesmo fora do Congresso Nacional, onde possui como aliada a esposa e deputada federal Dayany Bittencourt (União Brasil), Wagner tem intensificado críticas aos adversários no Ceará. O movimento evidencia uma série de articulações para as eleições de 2024, quando o atual secretário deve novamente tentar candidatura para prefeito de Fortaleza. 

Plano contra Moro

O plano do PCC para sequestrar e matar o senador Sergio Moro (União-PR) e outras autoridades segue em investigação. O fato foi delatado por ex-integrante da facção criminosa ao Ministério Público de São Paulo no início de março.


O Povo

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