Mais dois homens foram presos, nesta quinta-feira (14), por suspeita de participação nas mortes da advogada Rafaela Vasconcelos e da mãe dela, Maria Socorro dos Vasconcelos. Assim, chega a cinco o total de prisões relacionadas ao crime. O caso, que continua sob investigação, ocorreu em março deste ano, no município de Morrinhos, no interior do Ceará.
Mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva expedidos pela Justiça foram cumpridos pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD). Entre os alvos presos na operação, estão um sargento da Polícia Militar e um não policial.
As investigações apontam que os dois tiveram participação ativa na logística do crime, com a indicação de executores, assim como monitoramento das ações criminosas.
Até então, quatro pessoas foram indiciadas pelo crime, com três delas já presas anteriormente. Dois policiais militares envolvidos tiveram os nomes oferecidos em denúncia, enquanto a mandante do crime foi identificada pela Delegacia de Assuntos Internos (DAI) e está foragida, com mandado de prisão em aberto.
Investigação
O processo continua tramitando em segredo de Justiça, e a motivação do duplo homicídio não foi revelada. Conforme informações divulgadas anteriormente pela CGD, detalhes não vieram a público para que a investigação não seja comprometida, mas os indícios são de que apenas Rafaela era o alvo da ação.
Mãe e filha morreram no último dia 24 de março, quando estavam trafegando na rua de Morrinhos em uma moto e foram surpreendidas por homens armados em outra motocicleta. Maria Socorro ainda chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.
Dois policiais militares, o sargento Francisco Amaury da Silva Araújo e o soldado Daniel Medeiros de Siqueira foram presos ainda em março e seguem, agora, na condição de denunciados pelo Ministério Público do Ceará (MPCE).
Os militares foram afastados das funções, e a CGD ainda investiga o caso na seara administrativa. Conforme a Controladoria, os policiais tornaram-se réus na Justiça.
Diário do Nordeste