PGR aponta “forte ligação” entre deputado e organizador de atos golpistas

 O parlamentar foi alvo de ordem de busca e apreensão autorizada por Alexandre de Moraes



A Polícia Federal (PF) cumpriu nesta quinta-feira (18) uma ordem de busca e apreensão em endereços ligados ao deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), que é suspeito de ter “forte ligação” com um dos organizadores de atos golpistas planejados após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Carlos Victor de Carvalho, indicado pela PF como uma “liderança de extrema direita”, teria conversas com o deputado pedindo orientação e autorização para organizar os atos golpistas, após o pleito presidencial de 2022. “Bom dia meu líder. Qual direcionamento você pode me dar? Tem poder de parar tudo”, dizia ele em uma das mensagens trocadas com o parlamentar apoaidor de Jair Bolsonaro (PL).

As buscas foram solicitadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizadas por Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Conforme a PGR, os dois se falaram por telefone em 17 de janeiro do ano passado, apenas uma semana depois das invasões às sedes dos Três Poderes em Brasília. Na ocasião, Carlos Victor estava foragido da polícia, em meio às investigações sobre o ocorrido.

Inicialmente, as apurações do caso diziam respeito aos bloqueios em estradas feitos após a vitória de Lula. Foi apurado que o parlamentar em questão orientava um grupo expressivo de pessoas e ordenava ações relacionadas às ações antidemocráticas, que tinham como objetivo questionar as eleições.

A PGR diz ainda que são 627 registros de mensagens trocadas entre os dois, incluindo texto, áudio e outros conteúdos. A maioria dessas interações, pontua, data do período entre agosto e outubro de 2022, durante a campanha.

GC Mais

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