Professores de Fortaleza recusam proposta da Prefeitura e mantêm paralisação das aulas



Nesta sexta-feira (2), a gestão do prefeito José Sarto apresentou uma proposta que não agradou à categoria


Os professores de Fortaleza recusaram a proposta de reajuste apresentada pelo prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), nesta sexta-feira (2). O Sindicato União dos Trabalhadores em Educação (Sindiute) solicitou um reajuste de 10,09% – equivalente à soma de reajustes pendentes de 2017 e 2024 – para alcançar o piso atual do magistério, estabelecido em R$ 4.580,57. Segundo a Prefeitura, foi proposta uma atualização salarial de 10,374%, no entanto, o sindicato critica a gestão por não atender aos demais pedidos dos professores. Com a continuação da paralisação, as aulas, que deveriam ter se iniciado no último dia 30 de janeiro, seguem sem realização prevista.

A proposta apresentada pela Prefeitura apresentou um reajuste salarial inicial de 3,62% retroativo a janeiro de 2024. A partir de junho, tal reajuste seria elevado a 4,62% a partir de junho, quando seria adicionado um percentual de 0,965%. Com a quantia, o salário chegaria ao índice de inflação acumulada de 2023, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A partir de junho de 2024, haveria a incorporação de 5,5% da regência ao salário dos professores. Atualmente, a gratificação dos professores é de 20%. Com a proposta, o percentual passaria a ser de 14,5%.

Conforme o Sindiute, tal incorporação de 5,5% da regência da classe ao salário dos professores não representariam um acréscimo salarial, como teria sido divulgado pela Prefeitura, mas sim na “transformação de uma bonificação”.

Além disso, o Sindicato destaca que outras demandas não foram atendidas. “As demandas incluíam direitos iguais para os docentes aprovados no concurso de 2022, inclusão dos funcionários de escola no PCCS [Plano de Cargos, Carreiras e Salários] da Educação, aplicação da CLT para os professores substitutos e aumento do teto de contribuição previdenciária, entre outras”, escreveu em suas redes sociais.


“Nós vamos manter a agenda de mobilização para pressionar o prefeito José Sarto e os vereadores a atuarem juntos na melhoria da proposta apresentada pela gestão”, enfatizou Ana Cristina Guilherme, presidenta do Sindiute.

O Sindicato anunciou, ainda, uma programação para a greve dos professores. Confira:Segunda-feira(5) – “Marcha em defesa da educação pública e dos direitos”, da Coordenadoria de Gestão de Pessoas (Cogep) até a Secretaria Municipal de Educação (SME);
Terça-feira (6) – Visita à Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) para cobrar demanda: “Nenhum direito a menos aos novos professores, inclusão dos funcionários no PCCS da educação, recriação dos cargos de técnicos, CLT dos professores substitutos, elevação do teto de isenção da previdência”;
Quarta-feira (7) – Nova Assembleia na ETI Filgueiras Lima, às 8h.

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