Engenheiros e empresário são presos e agente público é afastado por corrupção no CE

 

Ação conjunta do MPCE e da Polícia Civil investiga fraudes em licitações na Prefeitura do Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza




Uma semana após deflagrar a terceira fase da Operação Banquete, que apura supostas fraudes em licitações na Prefeitura do Eusébio, o Ministério Público do Ceará (MPCE) voltou a cumprir nesta terça-feira (26) dois mandados de prisão temporária contra engenheiros e um mandado de prisão preventiva em desfavor de um empresário, além do afastamento de um agente público. Os nomes dos detidos ainda não foram divulgados oficialmente pelo órgão. 

4ª fase da Operação Banquete, que acontece por intermédio do Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gegoc) com apoio da Polícia Civil, cumpre ainda quatro mandados de busca e apreensão, tendo até as 9h, recolhido aparelhos eletrônicos e documentos. 

"A princípio entendemos a medida prisional como desnecessária, por ser providência excepcional, ainda mais quando o crime, em tese analisado, não é hediondo e nem houve violência. Estamos nos inteirando do decreto prisional primeiro postulando cópia do mesmo para em seguida requerermos a revogação dessa prisão", considera o advogado Leandro Vasques, que está na defesa dos engenheiros.

O MPCE investiga suposta associação criminosa entre agentes públicos e empresários da construção para fraudar pesquisas de preços, que tinha por objeto a locação de máquinas para execução dos serviços de conservação de estradas, rodovias e áreas de Eusébio. 

A terceira fase da operação conjunta ocorreu na última terça-feira (19) com o cumprimento de oito mandados de prisão nas cidades de Fortaleza e Eusébio. Foram três mandados de prisão, dois de temporária e um de preventiva, contra empresário, engenheiro e agente público; três de busca e apreensão contra engenheiro e agentes públicos, sendo apreendidos documentos e materiais eletrônicos; e dois de afastamento do cargo público contra agentes públicos suspeitos de fraude à licitação, falsidade ideológica e associação criminosa.

Nas fases anteriores, a operação investigou serviços de alimentação e de gráfica, realizando 11 prisões e 17 mandados de busca e apreensão, além de ter oferecido denúncia contra 19 réus. 

Já primeira fase ocorreu em agosto de 2020, após dez meses de investigações. Na ocasião, o Gecoc desarticulou um esquema criminoso que poderia causar um prejuízo calculado em cerca R$ 20 milhões aos cofres da Prefeitura.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura do Eusébio, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.


Diário do Nordeste

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