Camocim: Turista que caiu de tirolesa estava em lua de mel e passou por cirurgia: 'Fraturou várias vértebras'




O engenheiro carioca Leonardo de Assis Pinto, de 31 anos, que caiu de uma tirolesa após o cabo de aço romper durante um passeio na Praia de Tatjuba, em Camocim, passou por uma cirurgia neste domingo (20), para colocar pinos na bacia. Ele estava em lua de mel com a mulher, quando o acidente aconteceu.

Um dia após a queda de Leonardo, a Prefeitura de Camocim interditou as sete tirolesas que atuam na Praia. É o segundo acidente com rompimento de cabo de aço registrado no local, em menos de três meses.

Conforme a administradora Glenda de Oliveira, mulher de Leonardo, o engenheiro deslocou a bacia durante a queda e fraturou "várias vértebras". Ele está internado na Santa Casa de Sobral, se recuperando do procedimento.

"Quando ele chegou, foi encaminhado para a emergência, e um neurologista que viu os exames disse que ele não morreu por Deus, pois ele fraturou várias vértebras e teve um deslocamento na bacia. Ontem ele passou por uma cirurgia na bacia, precisou botar pinos e no meio da manhã de hoje [segunda-feira] ele foi para a enfermaria e saiu do risco", relata Glenda.

Segundo a administradora, os primeiros socorros feitos por uma médica e uma enfermeira que passeavam no local foram fundamentais para salvar Leonardo. Ainda conforme a mulher, os responsáveis pelo equipamento não deram assistência ao casal.

"Teve uma médica e uma enfermeira que estavam passeando no local, souberam e correram para ajudar. Durante a queda ele quebrou engoliu um dente que quebrou, tapando as vias e deixando ele inconsciente por alguns segundos. [...] No primeiro momento, ninguém se identificou como responsável para uma tomada de providências", relata.
Queda de cerca de 3 metros

Glenda afirma que ela e Leonardo estavam hospedados em Jericoacoara e aproveitavam a primeira vez no Ceará. Na sexta-feira (18), um dia antes do acidente, o casal já havia descido em uma tirolesa em outro local da Praia de Tatajuba e resolveram ir novamente, mas foram levados pelo guia para um equipamento em outro ponto. O acidente ocorreu quando o casal realizava a segunda descida do dia no equipamento.

"Havia duas cordas, eu estava em uma e ele na outra. Quando já estava quase próximo da água, mais ou menos a 3 metros de altura, o cabo dele rompeu. Vi ele caindo de barriga ára cima e comecei a gritar pedindo ajuda", relembra a administradora.

A mulher afirma que demorou mais de uma hora para a ambulância chegar ao local do acidente. Quando os socorristas fizeram as primeiras avaliações, constataram que o turista precisaria ser levado por uma aeronave da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer), que levou o homem ao hospital com poli fratura.

Leonardo foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Jericoacoara, depois para uma unidade de saúde na cidade de Cruz e, por fim, para a Santa Casa de Sobral, onde permanece internado.

Para a administradora, as autoridades demoraram para tomar providências sobre os equipamentos. "Foi preciso um segundo acidente para que as tirolesas fossem suspensas. A gente só soube do que já havia acontecido anteriormente depois do acidente dele", disse a turista.

Interdição

A interdição das tirolesas da Praia de Tatajuba foi realizada pela Secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econômico de Camocim. A ação foi realizada com o apoio da Guarda Municipal e da Polícia Militar. De acordo com o titular da Secretaria, Ricardo Vasconcelos, os donos procuraram a Prefeitura para regularizar os equipamentos.

Contudo, conforme ele, ainda faltam documentos para que as tirolesas sejam habilitadas a funcionar novamente. O secretário ressaltou que, caso voltem a operar, os proprietários podem ser encaminhados a uma delegacia de polícia.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública confirmou a ida de um helicóptero da Ciopaer para realizar o transporte aeromédico da vítima. "Uma aeronave da Ciopaer foi acionada e prestou atendimento à vítima, encaminhada a uma unidade hospitalar da região", complementou.

Segundo caso em 2022

Em janeiro, o cabo de aço de uma das tirolesas da praia de Tatujaba rompeu e derrubou um morador da região. Um dia depois do acidente, O Corpo de Bombeiros Militar interditou o equipamento após uma inspeção.

O acidente foi filmado por um amigo da vítima. Ela fazia a descida em comemoração ao aniversário Apesar do susto, o homem não se feriu e caiu em uma lagoa entre dunas.

Conforme o Corpo de Bombeiros, a interdição ocorreu por falta da apresentação da documentação da montagem da estrutura e especificação do material da tirolesa. As atividades no local ficaram suspensas até a regularização.

G1

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