Campanha “Meu pai tem nome” encerra inscrições, nesta segunda, no Ceará




 A campanha Meu Pai Tem Nome, encerra, nesta segunda-feira (7), as inscrições no Ceará. A iniciativa, que é realizada pelo Colégio Nacional das Defensoras e Defensores Públicos-Gerais (Condege) e, no Ceará recebe o apoio da Escola Superior da Defensoria Pública, tem por objetivo atender a filhos que querem ter o nome do pai no registro de nascimento.

Um levantamento do Colégio Nacional de Defensores Públicos-Gerais revela que, entre janeiro de 2021 e janeiro de 2022, 168 mil crianças foram registradas no país sem o nome do pai. A campanha Meu Pai Tem Nome representa uma alternativa para resolver casos simples e complexos.

Os casos com maiores complicações são marcados pela indiferença de pais que não reconhecem a paternidade ou que, em muitas situações, estão em outra relação e recebem pressões para não aceitar colocar o nome na certidão do filho de outra relação anterior. Em outras situações, há apenas burocracia gerada por contratempos e sem brigas.

PAI ESTRANGEIRO E BUROCRACIA

Um dos casos que será finalmente solucionado com o apoio da Defensoria Pública do Ceará envolve a pequena Sara, que completará dez anos em menos de duas semanas. A menina ganhará de presente a inserção do nome do seu pai na sua certidão de nascimento. A situação, que parece simples, terá um encaminhamento definitivo após uma década

A mãe da criança Tharla Barros Pereira deu à luz quando seu companheiro estava viajando a trabalho. Ela acabou registrando a filha sozinha. Como o pai é estrangeiro ainda em processo de regularização de sua situação no país, não foi possível incluir seu nome posteriormente. Os documentos dele não foram aceitos no cartório.

Ao saber do movimento Meu Pai Tem Nome, Tharla se inscreveu na campanha e relata que, no mesmo dia, recebeu um telefonema da Defensoria Pública para agendar a modificação. “Foi uma grande oportunidade pra mim e pra ele. Ele queria muito colocar o nome dele na certidão dela”, conta, emocionada, a mãe da pequena Sara.

Tharla conta, ainda, segundo a portagem do Correio Braziliense, que a sua filha sempre conviveu com o pai e, pela sua idade, é indiferente a essa questão do registro. Ela cita, porém, que a situação gerou contratempos e constrangimentos.

“Uma vez fui pegar um ônibus com ela para viajar. Ficaram olhando pro documento meio desconfiados. Sei lá o que passava pela cabeça deles. Fiquei um pouco constrangida”, disse a mãe que, agora, terá o nome do pai da sua filha na certidão de nascimento.


Ceará Agora

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