Milagre: Mulher que não sabia nadar é levada pela maré, mas se salva e reaparece 9h depois

 O irmão dela já havia até feito uma postagem nas redes sociais comunicando que ela havia falecido; mulher não sabia nadar


A esteticista Priscila Pereira da Silva, de 46 anos, viveu uma história totalmente inusitada. Ela foi arrastada por uma onda em Peruíbe, no litoral de São Paulo, e ficou cerca de 9 horas desaparecida, tempo que fez com que a família e os bombeiros até já tivessem a dado como morta. Mas Priscila se salvou e surpreendeu a todos ao conseguir retornar para casa.  

A esteticista conta que mora em Guaraú, bairro de Peruíbe, junto com a chefe. Todos os dias pela manhã as duas fazem caminhadas e se exercitam. Mas, na última terça-feira, 17, quando adentraram o mar na altura da cintura, foram surpreendidas por uma onda forte. 

"A gente mora em frente à praia. Primeiros estávamos caminhando com a água no tornozelo para fazer atividade fisica. Aí no final da praia tem o rio de encontro com o mar, onde é calmo teoricamente. Foi naquela altura que entramos para fazer hidroginástica e ficamos com a água mais ou menos cintura. Mas uma onda muito forte pegou a gente e arrastou. Foi muito rápido", conta Priscila em entrevista ao Terra. 

A chefe de Priscila conseguiu, apesar de ter tido muita dificuldade, sair do mar e ir chamar ajuda, enquanto a esteticista foi arrastada para o fundo da água. "Eu fui parar depois das ondas, na arrebentação. Os bombeiros chegaram bem rápido ao local depois de serem acionados, eu cheguei a vê-los de longe, mas eles não conseguiram me encontrar. Aí fui perdendo a noção de tempo".

Ela conta que não sabe nadar, mas para sobreviver ficou alternando entre boiar e fazer a técnica do  "cachorrinho". "Pensei em tirar a calça para roupa boiar e me acharem, mas não deu certo. Começou a demorar muito e ninguém me achava. Eu estava muito longe da areia, até que em um momento a água me levou próximo às pedras, e eu batia e voltava. Foi assim que me machuquei toda, porque eu tentava me segurar nas pedras e não conseguia", afirma. 


Priscila relembra que quando a maré baixou, ela conseguiu subir nas pedras e chegou a ver um jetski dos bombeiros passando, mas ele não a ouviu gritar. "Bateu uma onda, escorreguei e cai no mar de novo. 

Aí entrei em desespero, engoli água, afundei umas três vezes, vomitei, achei que iria morrer", diz. 

Foi neste momento que esteticista afirma que conseguiu, novamente, agarrar em uma pedra e subir nela. Após ficar um tempo descansando e recuperando o fôlego, ela conseguiu ir em direção a uma área de mata e encontrou uma trilha, que a levou até a estrada de Guaraú.

Ao chegar na estrada, Priscila pediu carona. "Muita gente negou a carona, porque eu estava bem queimada, com a boca roxa, cabelo duro, perna ensaguentada, bem esquisita. Mas uma confeiteira da região que moro me reconheceu e me levou até próximo a minha casa". 

Ao chegar em casa, Priscila surpreendeu a todos. De acordo com ela, todo mundo já estava achando que ela havia morrido, inclusive os bombeiros que atuavam nas buscas. "Eu não sabia que tinha ficado tanto tempo no mar, mas quando cheguei na minha casa tinha bombeiro, parente, um monte de gente, e todo mundo ficou sem entender que eu estava viva. Foi aí que eles me falaram que eu fiquei mais de 6h na água e que já estavam procurando pelo meu corpo". 


Os bombeiros a explicaram que é difícil alguém sobreviver após tanto tempo no mar. Seu irmão, inclusive, já havia postado que ela havia falecido, mas que o corpo ainda não havia sido encontrado. 

"Fiquei cerca de 9h desaparecida e dentro deste tempo acho que foram cerca de 7 horas dentro da água. Uma psicóloga já tinha ido falar para minha filha, de 7 anos, que eu tinha morrido. Foi muita felicidade quando cheguei, todo mundo me abraçou, me agarrou. Os bombeiros falaram que em 20 anos de profissão nunca tinham visto isso. Eu não sei como mantive a calma e consegui sobreviver, só pensava na minha filha. Me sinto muito grata por ter tido essa chance de vida, ter essa nova oportunidade", comemora. 


Terra

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