Jeri: Quantidade de algas gera dificuldades para remoção: 'supera em toneladas anos anteriores'

 O material não é tóxico ao ser humano, mas o mau cheiro incomoda turistas, frequentadores e empresários de um dos principais pontos turísticos do Ceará.



Após quase dois meses, o acúmulo de algas na orla de Jericoacoara segue gerando reclamações de turistas, banhistas, empresários e trazendo dor de cabeça para o governo municipal. Isto porque a quantidade expressiva do material orgânico dificulta o processo de remoção autorizado pela prefeitura.

Em julho, o g1 mostrou a situação que atingiu um dos principais pontos turísticos do estado. O secretário de Aquicultura e Pesca do município de Jijoca de Jericoacoara, Danilo Menezes da Silva, informou que as algas estão presente em cerca de um quilômetro da orla de Jericoacoara.

“Venho comunicar que a Secretaria de Aquicultura e Pesca, juntamente com a Prefeitura Municipal de Jijoca de Jericoacoara, está acompanhando de perto a situação das algas que estão em nossa orla em quantidade muito acima do normal neste ano, superando em toneladas a quantidade dos anos anteriores devido às mudanças climáticas”, declarou o secretário em nota.

“Estamos contando com uma equipe em prontidão para dar continuidade na retirada dessas algas, porém as marés ainda estão trazendo muitas delas dia após dia, tornando o nosso trabalho muito mais difícil. Para além disso, estamos empenhados em resolver essa questão da melhor maneira possível e contamos com a ajuda e compreensão de todos”, complementou o representante municipal.

Algas não são tóxicas

avaliado como prejudicial ao organismo dos seres humanos. “A princípio, estas macroalgas não são tóxicas. Entendemos o cheiro que pode ser desagradável porque as algas vão apodrecendo”, explicou o professor Tommaso Giarrizzo, professor visitante do Instituto de Ciências do Mar (Labomar) da Universidade Federal do Ceará (UFC), que esteve na praia para avaliar o material.

A prefeitura, inclusive, obteve autorização do Ministério do Meio Ambiente, através do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) — já que a área é de preservação nacional — para remoção do material.

O órgão ministerial orientou que as algas sejam removidas e depositadas na área do Parque Nacional de Jericoacoara, após a duna do Pôr do Sol, para facilitar a remoção natural pela ação da maré.

O secretário Danilo Menezes, contudo, explicou que o trabalho de remoção não possui prazo de conclusão. “Vira um tapete como se fosse de grama, gruda na areia, e para tirar, é impressionante, como se fixa no chão, a máquina quase não consegue arrancar. Eu coloquei duas caçambas para trabalhar e um trator; uma das caçambas quebrou porque não conseguiu suportar o peso”, relatou o gestor.


G1

Postar um comentário

Os comentários são de inteira responsabilidade do autor, e não expressam necessariamente a opinião dos editores do blogger

Postagem Anterior Próxima Postagem