STF envia à PGR ação de familiares de vítimas da Covid contra Bolsonaro


 

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou para a Procuradoria-Geral da República (PGR) acusação feita pela Associação de Vítimas e Familiares de Vítimas da Covid-19 (Avico) contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) pela gestão da pandemia.

Segundo o grupo, o chefe do Executivo federal cometeu nove crimes durante esse período. Perigo para a vida ou saúde, infração de medida sanitária preventiva, incitação ao crime e emprego irregular de verbas públicas são alguns deles.

“Esta queixa-crime tem como foco as inúmeras condutas do Presidente da República reveladoras de sabotagens e subterfúgios de toda ordem para retardar, frustrar e sabotar o processo de enfrentamento da pandemia da Covid-19”, afirma a Avico no pedido.

O tipo de queixa-crime apresentada foi a subsidiária, usada em ocasiões nas quais não há ação do Ministério Público no prazo legal; ou seja, quando o órgão não ofereceu denúncia, pediu diligências ou solicitou o arquivamento de inquérito policial.

“Na contramão da recomendação da OMS de adoção, pelos países, de uma estratégia integral e combinada para prevenir infecções, salvar vidas e minimizar o impacto da crise, sua condução no Brasil, pelo atual ocupante do cargo de presidente da República, tem ocorrido de maneira desastrosa”, diz trecho do documento.

O grupo justifica o pedido apontando que houve “inércia” da Procuradoria-Geral da República. “A inércia (formal e material) do Procurador-Geral da República, em tal contexto, é induvidosa e deixa aberto o caminho para o oferecimento da presente queixa-crime subsidiária”, consta no documento.

Para cada crime apontado pelo grupo, que reúne parentes e pessoas que tiveram Covid-19, são apresentadas provas das condutas inadequadas do Presidente da República no enfrentamento da crise sanitária.

Veja os nove crimes apontados pela Associação:

  • perigo para a vida ou saúde de outrem;
  • subtração, ocultação ou inutilização material de salvamento;
  • epidemia com resultado morte;
  • infração de medida sanitária preventiva;
  • charlatanismo;
  • incitação ao crime;
  • falsificação de documento particular;
  • emprego irregular de verbas públicas; e
  • prevaricação (agir ou se omitir como funcionário público, contrariando a lei, para obter vantagem pessoal).
Metropoles

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