Não há qualquer evidência de visitas alienígenas, diz Pentágono

Diretor de programa criado para investigar óvnis afirma adotar uma abordagem científica


 A nova iniciativa do Pentágono para investigar relatos de óvnis não produziu até agora qualquer evidência que sugira que alienígenas tenham visitado a Terra ou feito um pouso forçado aqui, disseram líderes militares norte-americanos nesta sexta-feira (16).

No entanto, o programa do Pentágono para investigar objetos anômalos e não identificados —estejam eles no espaço, nos céus ou mesmo debaixo d'água— levou a centenas de novos relatos, que agora estão sendo investigados, disseram as autoridades.

Mas, até agora, eles não viram nada que indique a existência de vida alienígena inteligente.

"Até o momento, não vi nada nesses relatos que sugerisse que houve uma visita alienígena, um acidente alienígena ou algo assim", disse Ronald Moultrie, subsecretário de Defesa para Inteligência e Segurança.

Sean Kirkpatrick, diretor do recém-estabelecido Escritório de Resolução de Anomalias de Todos os Domínios (AARO, na sigla em inglês) do Pentágono, não descartou a possibilidade de vida extraterrestre, e disse que estava adotando uma abordagem científica para a pesquisa.

"Eu diria apenas que estamos estruturando nossa análise para que ela seja muito completa e rigorosa. Vamos passar por tudo isso", disse Kirkpatrick, falando na primeira entrevista coletiva desde que a AARO foi criada, em julho.

"E como físico, tenho que aderir ao método científico, e seguirei esses dados e a ciência aonde quer que eles forem."

A missão da AARO se concentra em atividades inexplicadas em torno de instalações militares, espaço aéreo restrito e "outras áreas de interesse" e visa ajudar a identificar possíveis ameaças a operações militares e à segurança nacional dos Estados Unidos.

Um relatório do governo no ano passado documentou mais de 140 casos do que os EUA militares chamam oficialmente de "fenômenos aéreos não identificados", ou UAPs, na sigla em inglês, observados desde 2004.

Todos eles, exceto um dos avistamentos listados —um episódio atribuído a um grande balão murchando— permanecem inexplicáveis, sujeitos a uma análise mais aprofundada, disse o relatório.

Para os outros 143 casos, o relatório descobriu que existem poucos dados para concluir se eles representam algum sistema aéreo exótico desenvolvido por um norte-americano, governo ou entidade comercial, ou por uma potência estrangeira como a China ou a Rússia.

O relatório de 2021 incluiu alguns UAPs revelados em vídeos do Pentágono divulgados anteriormente de objetos enigmáticos exibindo velocidade e capacidade de manobra superiores à tecnologia de aviação conhecida, e sem nenhum meio visível de propulsão ou superfícies de controle de voo.

Kirkpatrick disse que centenas de outros casos foram documentados desde então. O número exato será divulgado em breve, mas um alto oficial da Marinha disse em maio que o número total de casos relatados já havia chegado a 400.


Folha de São Paulo

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