Febre do Papagaio: 4 pessoas são internadas com sintomas da doença na Argentina



Quatro pessoas foram internadas na cidade de Rafaela, na província de Santa Fé, na Argentina, após serem diagnosticadas com um quadro de pneumonia bilateral (dois pulmões afetados) decorrente da psitacose ou febre dos papagaios, doença que teria sido contraída de uma ave que um dos pacientes trouxe para casa poucos dias antes do aparecimento dos primeiros sintomas.

Segundo o jornal argentino El Clarín, dois dos quatro pacientes estão na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital Dr. Jaime Ferré, sendo um com quadro de saúde considerado delicado.

Todos os doentes com a febre dos papagaios são adultos e pertencem a uma família que mora no bairro de Barranquitas, em Rafaela, a cerca de 100 quilômetros a oeste da capital de Santa Fé.

De acordo com porta-vozes do hospital, citado pelo jornal, as quatro pessoas foram hospitalizadas com o mesmo quadro de pneumonia bilateral, que mais tarde se descobriu ter sido causada pela psitacose.

Uma das pessoas internadas teria dito que há alguns dias encontraram um papagaio que parecia saudável e o levaram para casa, mas logo depois o pássaro adoeceu e morreu., informa o El Clarín.

Sobre a febre dos papagaios

De acordo com o site do Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo (CRMV-SP), a psitacose ou febre dos papagaios é causada pela bactéria Chlamydia psittaci. “A clamidiose é considerada a principal zoonose transmitida por aves silvestres, particularmente por psitacídeos [periquitos, papagaios, calopsitas e araras] e columbiformes [pombos]. No Brasil, estudos recentes têm mostrado sua ampla ocorrência em aves silvestres e ocasionais surtos em humanos; em 85% destes casos confirma-se o contato direto com pássaros e em 15% não se registra qualquer tipo de contato com esses animais. Em virtude da dificuldade de diagnóstico, a frequência que a psitacose ocorre é subestimada”, revela o site do CRMV-SP.

As aves podem apresentar ou não sintomas clínicos como penas arrepiadas, tremores, sonolência, falta de apetite, desidratação, conjuntivite, dificuldade respiratória, má digestão e regurgito, quadro neurológico e morte. Mesmo quando o animal se recupera, ou não tem sem sinais aparentes, pode liberar a bactéria nas fezes e nas secreções oro-nasais, contaminando o ambiente e colocando em risco outras aves de estimação e humanos, explica o conselho.

Nos humanos, os sintomas podem aparecer de cinco dias a duas semanas e incluem febre alta (39º C), calafrios, tosse seca, falta de apetite, vômitos, diarreia, dificuldade respiratória, coriza, dores de cabeça, musculares, nas costas e abdominais, e ainda algum tipo de comprometimento neurológico, como meningite e confusão mental. “Se não tratada corretamente, a psitacose em humanos pode evoluir para um quadro grave”, alerta o CRMV-SP.

Tanto as aves infectadas quanto os humanos devem ser tratados com antibióticos, para que sejam evitados os casos graves, as complicações e principalmente o retorno da doença.


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