EUA suspeitaram que Putin usaria plano de Lula a seu favor

 


O governo dos EUA suspeitava que o presidente russo, Vladimir Putin, usaria a "proposta de plano de paz" para a guerra da Rússia contra a Ucrânia do presidente brasileiro Lula em seu próprio benefício. Documentos vazados supostamente do Pentágono, a sede do Departamento de Defesa dos EUA, revelam essa suspeita.

De acordo com os documentos, Putin teria considerado o plano de Lula como uma forma de aliviar a pressão do Ocidente contra o Kremlin nas negociações. Além disso, os documentos previam que o governo brasileiro enviaria uma delegação de alto escalão para Moscou em abril.

Essa previsão se confirmou quando o assessor especial de Assuntos Internacionais de Lula, Celso Amorim, viajou para Moscou e se reuniu com Putin. O Itamaraty não comentou o assunto.


O plano de Lula

O presidente Lula fez uma sugestão polêmica ao afirmar que, para alcançar a paz, a Ucrânia deveria ceder a Crimeia para a Rússia. A península, que é ucraniana, foi anexada pela Rússia em 2014, gerando tensões e conflitos. Além disso, Lula declarou que o presidente ucraniano, Zelensky, não pode ter todas as demandas atendidas. A declaração de Lula gerou repercussão e debate sobre o papel do Brasil em relação à crise entre Ucrânia e Rússia.

A Ucrânia negou o plano. “Temos de deixar claro: a Ucrânia não faz comércio com os seus territórios”, disse, em resposta a Lula, Oleg Nikolenko, porta-voz da diplomacia da Ucrânia. “Não há razão legal, política ou moral para que a Ucrânia abra mão de um centímetro sequer de seu território”, declarou ainda o diplomata.

Documentos vazados do Pentágono criam desconforto internacional

A divulgação de documentos supostamente vazados do Pentágono, incluindo o plano de Lula, causou um desconforto internacional significativo. Autoridades da Coreia do Sul, por exemplo, questionaram a autenticidade de alguns dos documentos relacionados à guerra da Rússia contra a Ucrânia. Enquanto isso, o Pentágono confirmou a veracidade de alguns desses documentos.

De acordo com Chris Meagher, assistente do secretário de Defesa para Assuntos Públicos norte-americano, a circulação desses documentos vazados é preocupante e pode ter um impacto negativo na segurança global.


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