O secretário de Saúde de Maracanaú, Capitão Wagner (UB), que recentemente foi chamado de “traíra” por seu aliado, o deputado André Fernandes (PL), apontou que é natural que o PL queira ter esse tipo de protagonismo na eventual disputa por Fortaleza.
André, em entrevista ao programa Pânico Jovem Pan, deu indicativos de que vai trabalhar no âmbito do PL para ser o candidato do partido na disputa pela capital cearense em 2024. “Se for eu [o escolhido do partido], sim, se não for, eu vou apoiar o candidato do PL e ponto final. Se for eu, eu vou pra cima”, disse o parlamentar em entrevista.
A resposta de Fernandes se deu diante da pergunta de um dos entrevistadores do Pânico se seria ele ou o CW o candidato a prefeito [pelo PL]. A resposta acabou sendo um duro ataque ao ex-deputado federal e hoje secretário.
Atentem: “Se o povo da direita lá [de Fortaleza] hoje está dizendo abertamente, André a gente quer que tu se candidate. Capitão Wagner é um traíra, foi contra o Bolsonaro, é antiarmamentista, está se juntando ao lado dos Ferreira Gomes, está fazendo parceria com o PDT, está sendo populista… então a gente tem que dar uma opção. Vamos aguardar para ver o que acontece”, disse André.
CW, por outro lado, foi mais diplomático. “O PL é o maior partido em termos de deputados federais. PT vem em segundo e o nosso em terceiro. É natural que o PL queira esse protagonismo, não só em Fortaleza, mas nas grandes cidades do país. O UB pensa, por exemplo, em lançar candidatos em todas as capitais e os esforços serão nessas grandes cidades. O PL me apoiou em vários momentos, fui candidato pelo PL e encaro com muita naturalidade essa candidatura deles”, anunciou.
“Vou manter, obviamente, a porta aberta para conversar com quem quer que seja. Não vou entrar em polêmica, não é momento para isso. Estou com 44 anos. Fugir da polêmica é o que proponho”, disse CW. “André falou que algumas pessoas da direita achavam isso de mim. Tenho uma excelente relação com ele. Ele me ligou no dia seguinte e se retratou, pediu desculpas e disse que não queria falar aquilo. Temos uma boa relação”, enfatizou.
“Quando André nem era político, eu que fui lá na casa dele, no Iguatu, convidar para que ele entrasse no meio. Ele estava em dúvida para saber se ia pro concurso da polícia que havia passado ou se era candidato. Orientei para ele ser candidato e acho que fiz a orientação correta”, finalizou.
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