Ceará: Caminhoneiro é preso com 80 comprimidos de 'rebite' após passar 24h dirigindo sem dormir




Motorista estava transportando uma carca de cerca de 36 toneladas que vinha do Espírito Santo com destino a Fortaleza.



Um caminhoneiro foi autuado por porte de drogas para consumo próprio após ser flagrado com 80 comprimidos de nobésio extra forte, popularmente conhecido como "rebite", na BR-116, em Icó, no interior do Ceará, nesta quinta-feira (24).

Conforme a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o veículo foi abordado no posto da corporação, durante uma fiscalização específica voltada à Lei do Descanso. Na ocasião, os agentes observaram que nos registros da carreta, que tracionava um semirreboque carregado com revestimento cerâmico, apontava que o condutor dirigiu quase ininterruptamente nas últimas 24 horas.

A irregularidade foi constatada através da leitura da fita diagrama do cronotacógrafo, um equipamento obrigatório em veículos de cargas que registra a velocidade e a distância percorrida pelo veículo durante todo o trajeto.

Durante o trajeto, o motorista fez pausas menores que 1h30, desobedecendo a obrigação legal que exige o repouso de pelo menos 8 horas contínuas a cada 24 horas de condução para o motorista profissional.

Ao ser questionado pelos policiais sobre o uso de alguma substância para inibir o sono, o caminhoneiro inicialmente negou, mas depois admitiu o uso de "rebite" e apresentou um frasco com o medicamento, que tem a comercialização proibida no país, por não possuir registro válido na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Segundo a PRF, o motorista aparentava evidente cansaço físico e conduzia um veículo com uma carga de aproximadamente 36 toneladas, que vinha do Espírito Santo com destino a Fortaleza.

Após o flagrante, foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência pela PRF, onde o condutor se obriga a comparecer perante o Juizado Especial de Icó. Além disso, ele foi multado com base no Código de Trânsito Brasileiro e teve o veículo retido para cumprir o descanso obrigatório, sendo liberado 11 horas após a fiscalização.

G1

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