Colombianos estão formando rede de agiotagem no Ceará; 17 ja foram presos


Três colombianos foram presos em flagrante pela Polícia Militar, no Bairro Jardim Iracema, em Fortaleza, em 4 de maio deste ano, após denúncia anônima. Christian Felipe Lopes Benjumea, Janier Humberto Marquez Barragan e Jose Dorian Vanegas Benjumea possuíam R$ 7 mil e $ 2,178 milhões (valor em peso colombiano, que equivale a cerca de R$ 2.596) em espécie, uma caderneta com anotações das dívidas e blocos de crediário, que foram apreendidos.

Os advogados de defesa dos colombianos citados não foram localizados. O cônsul da Colômbia em Fortaleza, único responsável pelo Consulado, foi procurado pelo G1; ele não se encontrava na sede da instituição e não foi localizado.

A reportagem apurou que, durante a abordagem policial, Jose Dorian tentou subornar os PMs com R$ 500. O trio foi levado ao 7º Distrito Policial, da Polícia Civil, no Bairro Pirambu, e autuado por associação criminosa, corrupção ativa e crimes contra a economia popular (conhecido como agiotagem).

Em depoimento, Jose justificou que ofereceu o dinheiro aos servidores públicos porque estava nervoso, mas negou que pratica agiotagem e alegou que é sócio de um restaurante, no Centro de Fortaleza, e vende itens de perfumaria.

Os outros dois suspeitos também negaram a participação nos crimes. Christian Felipe contou que vende lingerie e trabalha no restaurante do seu tio, Jose Dorian. Já Janier Humberto disse que está desempregado e tem conhecimento que alguns compatriotas trabalham com o empréstimo de dinheiro no Brasil, mas não seria o seu caso.

Os estrangeiros foram levados à audiência de custódia em 8 de maio, quando a juíza da 17ª Vara Criminal – Vara de Audiências de Custódia determinou a substituição da prisão pela aplicação de medidas cautelares em liberdade, tais como uso de tornozeleira eletrônica, comparecimento mensal na sede da Central de Alternativas Penais, entrega dos passaportes e pagamento de fiança. O trio também foi proibido de sair de Fortaleza. A decisão considerou que os suspeitos tinham bons antecedentes criminais e não representavam uma ameaça à sociedade.


G1

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