Caso Lázaro: laudo mostra que Cleonice sofreu estupro e foi torturada

 


Em entrevista coletiva concedida à imprensa na tarde dessa terça-feira (29/6), o delegado-chefe da 24ª Delegacia de Polícia (Setor O), Raphael Seixas, afirmou que Cleonice Marques, 43 anos, foi estuprada antes de ser assassinada por Lázaro Barbosa Sousa, 32, morto em um confronto com policiais militares de Goiás. O exame de DNA para confirmar se Lázaro foi também o autor da violência sexual ficará pronto apenas na sexta-feira (2/7).

Na madrugada de 9 de junho, Lázaro invadiu a residência da família Vidal, no Incra 9 de Ceilândia Norte, e assassinou o empresário Cláudio Vidal, 48, e dos dois filhos, Gustavo Marques Vidal, 21, e Carlos Eduardo Marques Vidal, 15, segundo mostram as investigações da polícia. Cleonice foi sequestrada e teve o corpo encontrado em um córrego no Setor Habitacional Sol Nascente, distante cerca de 8km do local do crime.

Cleonice morreu vítima de um disparo de arma de fogo e foi encontrada por moradores da região sem roupa. "Informações do laudo comprovaram que ela sofreu estupro antes de ser assassinada. Além disso, havia a suspeita de que a orelha tinha sido decepada em decorrência do tiro, mas ele a cortou", detalhou o delegado.

O laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) apontou, ainda, a possibilidade de Lázaro ter cortado a orelha de Cleonice com ela ainda viva. Segundo o delegado, em relação ao estupro, foram colhidos vestígios que comprovaram o abuso. Até essa sexta-feira (2/7), deve sair o resultado do padrão genético.

Peritos identificaram a autoria de Lázaro pelas impressões digitais deixadas por ele na porta da casa das vítimas. "Nós tivemos uma atuação muito rápida e positiva no sentido de identificá-lo. Esse foi um crime de difícil elucidação, por não haver testemunhas e nem imagens das câmeras de segurança. A perícia encontrou a digital de Lázaro na face interna da porta de vidro, uma prova incontestável que ele esteve no imóvel", frisou o investigador.

De acordo com Raphael Seixas, a polícia não descarta nenhuma linha de investigação. O processo corre sob sigilo. Em três delegacias de Ceilândia há, pelo menos, sete inquéritos contra Lázaro, incluindo o assassinato da família Vidal, roubos e estupros. "Vamos continuar nossa apuração, mas não podemos afirmar como esse crime está sendo investigado. Nada é descartado", finalizou.


Correio Braziliense

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