Ciro afirma que “dificilmente” disputará novamente uma eleição

 O ex-ministro e ex-governador do Ceará disputou os dois últimos pleitos para a Presidência, no qual finalizou em terceiro em 2018 e em quarto em 2022




O ex-ministro e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), afirmou que “dificilmente” disputará uma nova eleição. Nas últimas duas disputas presidenciais, de 2018 e 2022, o pedetista finalizou o pleito em terceiro (12,47%) e quarto lugares (3,04%), respectivamente. A afirmação foi durante entrevista ao O Globo.

Ciro disse estar perdendo a crença no que ele chama de “democracia eleitoral” no Brasil. Ainda conforme o ex-governador, a “República está apodrecendo”. “Eu sou político, mas eu perdi um pouco a crença na linguagem eleitoral brasileira. O que me causou constrangimento e me fez perder a crença da minha vontade de disputar minhas ideias eleitoralmente são as minhas mediações”, disse.

“Como eu vou explicar para o povão se não tiver um conjunto de pessoas equipadas pelo privilégio de serem artistas, intelectuais, cientistas, líderes estudantis, lideranças sindicais… E por regra, essa gente toda está batendo palma para a destruição do meu país, para o apodrecimento da República. De repente, o cinismo perdeu o pudor. ‘Ah, mas o Congresso é assim’. Que conversa é essa?”, completou.

Segundo o ex-governador, se referindo às alianças do Governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o “Centrão”, o presidente “perdeu o pulso” por negociar e tentar “negociação com o inconciliável”. “Eu sinto renovado, um alívio em relação ao que tínhamos [ex-presidente Jair Bolsonaro], mas se nós ficarmos amarrados a essa referência trágica do passado, nós não vamos perceber corretamente o tamanho do problema que o Brasil tem por resolver. Essa é minha grande frustração”, afirmou.

CONFLITO NO PDT CEARÁ

Ciro compõe grupo político no PDT que faz oposição ao Governo Elmano de Freitas (PT). No partido, duas alas surgiram após o lançamento do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), para disputar as Eleições de 2022 para governador. À época, o PDT e o PT tinham um acordo para que a então governadora em exercício Izolda Cela (hoje sem partido) disputasse o pleito.

Do outro lado do PDT cearense, o irmão de Ciro, senador Cid Gomes (PDT), lidera bloco político que está na iminência de deixar a sigla. Com Cid, 14 deputados estaduais – entre titulares e suplentes -, quatro deputados federais, cerca de 40 prefeitos e vários vereadores, o grupo deve rumar para o PSB. Ao OPINIÃO CE, o presidente estadual do partido, Eudoro Santana (PSB) confirmou a filiação para o “final de janeiro ou início de fevereiro”.


Opniao CE

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