Pesquisadores descobrem cidades de 2.500 anos na Amazônia

 

As cidades possuíam sistema de estradas, residências e campos agrícolas




Arqueólogos encontraram antigas cidades escondidas debaixo da floresta amazônica que teriam abrigado milhares de pessoas há cerca de 2.500 anos. A descoberta foi revelada em um artigo da revista científica Science publicado na última quinta-feira (11).

Os centros urbanos foram encontrados no Vale Upano, na Amazônia equatoriana. A região teria sido ocupada por cerca de 10 mil habitantes entre aproximadamente 500 a.C. e 300 a 600 d.C.

O arqueólogo francês Stéphen Rostain é um dos pesquisadores responsáveis pela descoberta e relatou que há mais de duas décadas já havia encontrado uma série de estradas enterradas no Equador pela primeira vez. Na época, porém, ainda não sabia do que se tratava.

Até que recentemente um mapeamento realizado com tecnologia de sensor a laser permitiu identificar que esses locais faziam parte de uma rede de cidades. Segundo o artigo, a construção mais complexa é um sistema de estradas que se estende por dezenas de quilômetros, ligando os diferentes centros urbanos.

As cidades estavam escondidos nos declives dos Andes e eram ligadas por estradas e canais. Os centros urbanos duraram por cerca de mil anos.

ORGANIZAÇÃO DAS CIDADES

Segundo os pesquisadores, a região possuía cinco grandes assentamentos e dez menores em 300 quilômetros quadrados. Cada cidade tinha estruturas residenciais. Também há evidências de que 6 mil montes de terra serviram de base para essas construções.

A região também possuía campos agrícolas retangulares, onde era plantado milho, mandioca e batata-doce, que foram encontrados em escavações anteriores na região. Por estar à sombra de um vulcão, a localização possibilitou solos adequados para a agricultura. No entanto, é provável que o vulcão ocasionou a destruição da sociedade.

As estradas eram largas e retas, sendo algumas delas de 10 metros de largura e 10 a 20 quilômetros de extensão. Além de ligar as cidades, os caminhos também ligavam as casas.


Diário do Nordeste

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