E se a maior bomba nuclear caísse no Baixo Acaraú? Confira!

Site permite ver o raio de destruição causado por várias bombas atômicas. Entre elas, a Tsar Bomba, considerada a mais poderosa já detonada no planeta, que completa 60 anos




A ocupação russa no território da Ucrânia trouxe o temor de uma guerra nuclear, como há anos não se sentia de forma generalizada. O embate entre potências econômicas colocou de volta na comunidade internacional o debate sobre os riscos do uso de armas de destruição em massa, como as bombas atômicas..

No ano passado, completou o aniversário de 60 anos da detonação da Tsar Bomba – considerada a maior bomba atômica do mundo. O fato mudou os rumos da corrida armamentista global e as ondas de choque das explosão podem ser sentidas até hoje. 

O dispositivo, testado em 1961, tinha poder 3 mil vezes maior do que a lançada em Hiroshima.



A bomba possuía potência de 50 megatoneladas. Andrei Sakharov, que chegou a ganhar um prêmio Nobel da Paz, dirigiu a equipe de cientistas responsáveis pelo artefato. A bomba foi detonada com sucesso em Nova Zembla, arquipélago do Oceano Ártico russo. 

O raio de destruição chegou a 35 quilômetros.

O projeto foi lançado pela Ex-União Soviética, por Stalin, em 1945, com o objetivo de se comparar aos Estados Unidos, que lançou um dispositivo nuclear sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki em agosto daquele ano.

A Tsar era tão pesada e grande que nenhum avião da época foi capaz de leva-la. Ela pesava cerca de 27 toneladas, com 7 metros de comprimento e 2 metros de largura.

Incrivelmente, a onda de choque da bomba original quebrou janelas tão distantes quanto a Noruega e a Finlândia, a mais de 1.600 quilômetros do local da explosão.

A nuvem de cogumelo de aparência infernal do Czar Bomba atingiu 42 milhas no céu - sete vezes a altura do Monte Everest.

E SE CAÍSSE NO BAIXO ACARAÚ?

O historiador nuclear Alex Wellerstein criou a Nuke Map – uma ferramenta que permite saber o raio dos danos causados por uma detonação atômica em várias cidades do globo. 



De acordo com o site, se a Tsar fosse detonada no centro de Acaraú, no Ceará, o raio da bola de fogo chegaria a 4,62 km (ou 67,06 km²), atingindo todos os bairros da cidade. 

Isso significa que cerca de 60 mil pessoas morreriam “vaporizadas” se tivessem em contato direto com a explosão. Alguns sobreviventes morreriam depois de câncer, como resultado da explosão. 

O dano da “explosão pesada” percorria uma distância maior, de 8,91 km, ou 249.28 km². Toda cidade de Acaraú seria atingida e parte de municipios proximos, destruindo os edifícios e matando quase todos naquela área. 

Pessoas seriam também gravemente queimadas.

Lembrando que, só em Acaraú, moram cerca de 63 mil pessoas.

 Praticamente todos que estivessem na cidade seriam atingidos diretamente pela explosão.

O Nuke Map também frisa que a radiação térmica seria sentida a um raio de 59 km de distância, ou 9,270.63 km². 



Esse dano atingiria toda a Região do Baixo Acarau e outros municípios cearenses de regiões proximas, chegando até Camocim, Uruoca, Massapê e Itapipoca

Pessoas dentro dessa área teriam queimaduras de terceiro grau que estenderiam-se por todas as camadas da pele. 

Geralmente, são indolores, porque destroem os nervos. Elas podem causar cicatrizes graves ou incapacidades e podem exigir amputação.

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