Instituto Luisa Mell muda de nome e desmascara ativista: “Nunca doou”

 


O Instituto Luisa Mell, focado no resgate e na recuperação de animais em situação de risco, abandonou o nome artístico da ativista que ajudou a fundá-lo. Rebatizada de Instituto Caramelo, a entidade publicou uma nota de esclarecimento nesse sábado (29/4), no Instagram, aproveitando para esclarecer o real papel da paulistana de 44 anos na organização sem fins lucrativos.

No texto, a ONG afirma que ela foi convidada a participar do projeto por voluntários que já trabalhavam com a causa animal quando a entidade foi fundada, em 2015. A intenção, de acordo com a nota, era aproveitar a visibilidade da apresentadora — em 2001, ela estreou um programa na RedeTV!, o Late Show, que promovia o resgate de animais maltratados — para divulgar o trabalho e atrair doadores para a instituição.

Luisa Mell é o nome artístico da apresentadora Marina Zatz de Camargo. A alcunha, segundo ela, é uma referência à época em que vendia pão de mel no Bom Retiro, na zona norte de São Paulo, e também uma homenagem à falecida avó.

“Nunca doou dinheiro algum para o instituto”

A entidade afirma que a mudança ocorreu com a intenção de “despersonificar o trabalho e separar posturas e interesses individuais do propósito do grupo”. Na postagem, a organização diz que a decisão foi tomada após diálogo interno e planejamento. O quadro de funcionários, segundo a ONG, permanecerá intacto.

“Ao contrário do que muitos pensam, a Luísa nunca colocou dinheiro algum. Nenhuma doação sequer”, escreveu o instituto no Instagram, em resposta a um internauta da rede social. “Foi dinheiro das outras pessoas do grupo e doações que fizeram as coisas funcionarem ao longo desses anos. Vocês podem comprovar isso facilmente solicitando a ela que mostre qualquer depósito para o instituto.”

Em outra resposta, a ONG escreveu: “[O abrigo da entidade, que fica em Ribeirão Pires, na região metropolitana de São Paulo, foi construído] com os recursos de uma madrinha que não gosta de aparecer. A Luisa nunca doou dinheiro algum”. O terreno do espaço, vale lembrar, foi cedido à instituição.

Em entrevista anterior a Leo Dias, colunista do Metrópoles, Luisa Mell disse ser acusada de desviar dinheiro da ONG. Ao lamentar a situação, ela afirmou injetar recursos próprios no abrigo.

“Para manter isso daqui… Eu também às vezes coloco dinheiro aqui, meu marido já colocou muitas vezes dinheiro aqui”, declarou.

Atualmente, o Instituto Caramelo abriga 200 animais, entre cães, gatos e cavalos. A entidade atesta que as contas do projeto são auditadas de maneira independente. Há certificados de auditoria publicados no site da ONG.

Símbolo brasileiro dos vira-latas

O novo nome escolhido para o projeto é uma homenagem ao “símbolo brasileiro dos vira-latas”, o cachorro caramelo. Na publicação que anunciou a mudança, há milhares de comentários de internautas. Há quem critique a decisão do instituto e a própria Luisa Mell.

“Desmascarada”, exclamou um usuário. “Dinheiro é fácil, se correr atrás ele vem. Difícil é conseguir gente que doe tempo e mão na massa pela causa. Isso me soa briga interna, intriga e ingratidão”, opinou outro.

Assim como Luisa Mell, o Instituto Caramelo não respondeu a mensagens da reportagem. O espaço segue aberto, para ambos.

Metrópoles

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