Polícia encontra arsenal de armas em terreno de ONG durante operação no RJ



A Polícia Civil descobriu, nesta sexta-feira (19), um bunker do tráfico na favela de Parada de Lucas, na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro, construído no terreno de uma Organização Não Governamental (ONG). Os investigadores apontam que a ONG seria de fachada. No local, dez traficantes que estavam dentro do bunker foram presos. Os policiais também apreenderam fuzis, pistolas e granadas.

Segundo a Polícia Civil, no total, os "agentes prenderam 17 pessoas, apreenderam 17 fuzis e uma arma calibre ponto 50, farta quantidade de munição, granadas e drogas". Durante a coletiva de imprensa realizada após a operação, o delegado Marcos Amim, titular da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), detalhou como era o esconderijo localizado pelos policiais. A operação foi realizada para evitar a invasão de traficantes do Terceiro Comando Puro.

“É muito importante destacar dois pontos: primeiro, para quem tinha dúvidas de que algumas Organizações Não Governamentais estão diretamente ligadas ao narcotráfico, essa operação de hoje acaba de espancar qualquer dúvida. A ONG realizava algumas atividades próprias de Organizações Não Governamentais justamente para camuflar seu verdadeiro viés, que era esconder armamento do tráfico e esconder procurado da Justiça”, disse Amin em um vídeo divulgado no Instagram com um trecho da coletiva.

"O bunker é bem peculiar daquela comunidade, era um local cujo acesso era bem engenhoso. Havia um dispositivo automatizado para abrir a porta. Eram dois cômodos, um cômodo relativamente confortável. Também contava com uma escada para a área superior, que seria uma área de fuga. Havia uma entrada pela parede e uma escada no topo, uma saída de emergência", descreveu.

"Dez foram presos dentro do bunker. Eles estavam nos fundos da construção. Você entrava na ONG, passava por um ginásio. Um local de atividades típicas de ONG, e ao final tinha um corredor. Seguindo o corredor, virava à direita e atrás havia sido feito uma obra. Uma parede falsa dava acesso a um cômodo, onde estavam dez traficantes, com todo armamento", explicou o delegado Marcos Amim, de acordo com uma declaração publicada pelo g1.

Para os investigadores, o bunker foi construído com conhecimento dos responsáveis pela ONG. "Foi uma obra de grande vulto. Impossível de se fazer sem que houvesse nuance daqueles responsáveis por essa ONG de fachada. Agora temos materialidade para se colocar no papel que o responsável principal da ONG, que se dizia ter largado o tráfico de drogas, ainda faz parte do narcotráfico. Ele ainda é uma peça fundamental para a organização criminosa", afirmou o delegado.

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