Denúncias sobre degradação ambiental na Vila de Jericoacoara ganham dimensão nacional

 


Na sexta-feira (15), o jornal Correio Braziliense publicou reportagem mostrando que líderes comunitários e empresários continuam denunciando a falta de fiscalização e a consequência disso é a degradação do meio ambiente

Apesar de o Parque Nacional (Parna) de Jericoacoara ser administrado, desde o começo deste ano, de forma compartilhada entre o Governo do Estado e o Consórcio Dunas, as lideranças comunitárias continuam denunciando o descaso das autoridades com relação à preservação do meio ambiente na área, uma das atrações turísticas do Ceará que ganhou fama em todo o Planeta.

O leilão para a concessão de serviços no Parna de Jericoacoara ocorreu no dia 26 de janeiro, em São Paulo. O vencedor ofereceu um lance de R$ 61 milhões.

“A previsão de investimentos é de cerca de R$ 116 milhões em infraestrutura, além da aplicação de R$ 990 milhões em operação e gestão ao longo do contrato“, destacou o governador Elmano  (PT) em publicação nas redes sociais.

O Opinião CE, há muito tempo, recebe denúncias de líderes comunitários e empresariais sobre o quanto a falta de fiscalização pode prejudicar o meio ambiente em Jericoacoara, bem como tornar o comércio e o turismo inviáveis na região. Na última sexta-feira (15), o jornal Correio Braziliense publicou reportagem mostrando que líderes comunitários e empresários continuam denunciando a falta de fiscalização e a consequência disso é a degradação do meio ambiente naquela área do Litoral Oeste cearense.

“Alguns dos maiores cartões postais de Jeri são as dunas que cobrem boa parte da região. Em uma das festas realizadas no parque — normalmente organizadas por marcas famosas de bebida —, tratores foram utilizados para remover boa parte da areia para fazer um acesso da praça de alimentação do evento para a pista principal“, mostra um trecho da reportagem do Correio Braziliense.

Um dos entrevistados pelo periódico foi ambientalista Caio Queiroz. “Essa atitude pode ser considerada até mesmo um crime ambiental“, pontuou.

“Na frente de uma área em que atuam alguns ambulantes, eu passei lá depois do Réveillon e tinha um monte de lixo jogado no chão nas praias. A galera vai tomando caipirinha nas barraquinhas com copo plástico e jogando no chão. Então, o problema está no entorno desses eventos”, disse Caio Queiroz ao Correio Braziliense.

Em 5 de janeiro deste ano, o prefeito de Jijoca de Jaricoacoara, Lindbergh Martins (PSD), assinou decreto proibindo a utilização de animais, especialmente equinos, em passeios turísticos envolvendo charretes ou montarias na Vila de Jericoacoara. A decisão passou a valer no dia 12.


Opinião CE

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