Professores da UFC, UFCA e Unilab decretam greve com início previsto para segunda-feira (15)




O Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará (Adufc) divulgou nesta terça-feira (9) o resultado do plebiscito consultivo realizado com docentes de três instituições federais de ensino superior cearenses, realizado entre os dias 4 e 8 de abril. Segundo o resultado, 79,9% de 977 professores aprovaram o início da greve, que está marcada para ser iniciada na próxima segunda-feira (15). O movimento ocorre em uma mobilização nacional, e tem como uma das principais pautas a campanha salarial dos servidores públicos federais e a proposta do Governo de reajuste zero para a categoria em 2024.


Na noite desta segunda-feira (8), foi realizada a apuração da votação dos docentes sindicalizados das Universidades Federal do Ceará (UFC), Federal do Cariri (UFCA) e da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab). Segundo a presidente da Adufc, Irenísia Oliveira, o objetivo é com que o Governo se reposicione em relação às Universidades Federais.


“É essa a mensagem muito clara que queremos dar. Não é retrocedendo nos serviços públicos e nos direitos dos trabalhadores que o governo se fortalece”, destacou ela. A representante lembrou que a pressão se estende também ao Congresso Nacional.

A secretária-geral da ADUFC, Maria Inês Escobar, afirmou que “a greve ainda é o grande instrumento contra as opressões e a perda de direitos”. Ela destacou ainda que tal movimento das Universidades ocorre desde os últimos meses, em uma mobilização nacional.

Em nota o Ministério da Educação (MEC) afirmou que segue tentando uma negociação com a categoria e uma reunião será realizada nesta semana. Leia na íntegra:

“O MEC vem envidando todos os esforços para buscar alternativas de valorização dos servidores da educação, atento ao diálogo franco e respeitoso com as categorias. No ano passado, o governo federal promoveu reajuste de 9% para todos os servidores. Equipes da pasta vêm participando da mesa nacional de negociação e das mesas específicas de técnicos e docentes instituídas pelo MGI. E, ainda nessa semana, conduzirão reunião da mesa setorial que trata de condições de trabalho”.

RESULTADOS DO PLEBISCITO

Durante o plebiscito, foram realizadas cinco perguntas aos profissionais da categoria. A primeira questão levantada foi sobre a aprovação ou não da greve, diante da “falta de negociação efetiva por parte do Governo Federal”. Na ocasião, o Sindicato pontua que o Governo Lula ofereceu 0% de reajuste em 2024 e 9% parcelados em 2025 e 2026. A esta pergunta, 781 docentes (79,9% dos presentes) votaram pelo “sim”. Outros 171 (17,5%) votaram pelo “não” e 25 (2,5%) pelo “não sei”.

A questão que teve a maior aprovação dos docentes foi sobre a greve integrar as demandas sobre as condições de trabalho e o orçamento das Universidades Federais do Estado também como uma das pautas prioritárias, com 842 dos docentes (86,5%) votando pelo “sim”. Na pergunta, 104 (10,6%) votaram pelo “não” e 27 (2,7%) pelo “não sei”. 787 afirmaram que a greve deve fazer pressão ao Governo Federal, sobre o orçamento da União para as Universidades, 804 que a greve deve fazer pressão ao Congresso Nacional, que aprova o orçamento, e outros 740 consideram importante que a greve venha também como solidariedade à greve dos servidores técnicos-administrativos do Estado, iniciada em março.

Opniao CE

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