Governo arquiva apuração sobre ministro de Lula que usou avião da FAB para ver cavalos

 


A Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República arquivou nesta segunda-feira (31) a apuração feita sobre o uso de aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) pelo ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), para ir a São Paulo e participar de leilões de cavalos de raça. O caso foi revelado pelo Estadão, em uma série de reportagens que mostrou o mau uso de dinheiro público pelo chefe da pasta do governo Lula.

Juscelino viajou para São Paulo numa quinta-feira, dia 26 de janeiro. Ele participou de três curtas agendas no Estado e, a partir do meio dia de sexta-feira (27) se dedicou a compromissos totalmente privados: assessorou compradores de cavalos, promoveu um dos animais dele, recebeu prêmio em um “Oscar” de vaqueiros e inaugurou praça em homenagem a um cavalo do sócio. Ele voltou à capital federal apenas na segunda-feira, dia 30, mais uma vez nas asas da FAB. O voo custou mais de R$ 130 mil aos cofres públicos, como mostrou o Estadão.

Para a Comissão de Ética Pública, Juscelino não usou o avião da maneira indevida. O processo foi arquivado por unanimidade.

Documentos do Ministério da Defesa revelam, por outro lado, que o ministro das Comunicações mentiu para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao afirmar que pegou uma carona na volta da viagem a São Paulo com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT). O presidente ameaçou o ministro de demissão caso não conseguisse se explicar. Os dados oficiais mostram que Juscelino solicitou o voo de volta de São Paulo para Brasília alegando “viagem a serviço”, ao contrário do que informou ao chefe.

Apesar da decisão desta segunda, Juscelino Filho ainda não se safou da Comissão de Ética Pública. O colegiado ainda investiga a atuação do sogro do ministro das Comunicações no gabinete do genro em Brasília. Conforme revelou o Estadão, Fernando Fialho, pai da esposa de Juscelino, recebe empresários no Ministério das Comunicações até mesmo quando o genro está fora da capital federal. O sogro, contudo, opera irregularmente, uma vez que não está nomeado na pasta.

UOL com Estadão Conteúdo

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